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Antony é mais uma vítima da violência covarde contra crianças que se espalha pelo país

Solteiro; 18 anos; formação: 5ª série incompleta do ensino fundamental; sem antecedentes criminais; profissão: ajudante de pedreiro; amasiado há 7 meses com L.D.C; morador de São Pedro do Iguaçu. Este é o perfil de Joelson de Campos, autor confesso do brutal assassinado do menino Antony Kaue Caetano de apenas dois anos de idade. O menino morreu na noite de domingo (15) após levar socos no abdômen, desferido pelo seu padrasto.

16/05/2011 - 15:46


No mês proposto para a reflexão sobre a violência e o abuso sexual infantil, na semana do Dia (18) Nacional de Combate a violência Infantil, a 20ª SDP se vê diante de um crime estarrecedor, uma criança de apenas dois anos de idade ser assassinada pelo próprio padrasto, para não fugir as estatísticas que dão conta de que 90% dos casos de violência contra crianças e adolescentes acontecem dentro de casa.

A Casa de Notícias pode conversar com Joelson de Campos, assim que terminou o seu depoimento na 20ª SDP. Joelson num primeiro momento negou a autoria do crime, mas com as evidências e mais tarde o laudo do IML, ele confessou que era o autor do assassinato.

Joelson disse à reportagem que nunca, antes, teria agredido o menino, ou seus irmãos. Que vivia com a mãe das crianças há sete meses e quando ela vinha trabalhar numa indústria em Toledo, as crianças ficavam sob seus cuidados.

Ele negou o uso de drogas ou álcool, alegou primeiro que o motivo do crime é porque teria dado um “negócio” em sua cabeça. Mas na sequência narrou que o menino estava o perturbando enquanto fazia a limpeza da casa e também teria dado-lhe um beliscão. Em resposta desferiu-lhe um soco na barriga, derrubando-o no chão. A criança bateu a cabeça e começou a chorar e para que ele parasse de chorar o assassino confesso desferiu-lhe outro soco.

Antony parou de chorar, mas também de respirar. Joelson de Campos chamou a cunhada e disse a ela que o menino teria passado mal repentinamente. Os vizinhos teriam ajudado levar a criança para o socorro, mas o menino já estava em óbito.

O Delegado Adjunto da 20ª SDP Edgar Dias Santana conversou com a reportagem. “É importante ressaltar que a Polícia Civil não tolera este tipo de ato vil, nojento e repugnante. Este tipo de pessoa, ou melhor, não pessoa, não merece viver em sociedade. Com o flagrante concluído o remeteremos ao poder judiciário para que tome as medidas que entender cabíveis".

Acompanhe a entrevista completa com o delegado, em vídeo.

Veja a matéria: Mais de 90% dos casos de violência contra menores o agressor é a família – publicada  na Casa de Notícias no domingo.

Por Selma Becker

 

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