A pesquisa foi realizada pela equipe da Cozinha Social no ano de 2015 e envolveu 1.706 entrevistados em cinco restaurantes populares. Na época eram servidas no máximo 2.500 refeições diárias nesses locais. A amostragem foi de mais da metade do público atendido. “Nós fomos dois dias em cada restaurante entre o final de setembro e começo de outubro”, informou a nutricionista Denise Gomes Hoffmann.
A pesquisa indica que 71% dos usuários mais frequentes dos restaurantes populares possuem renda mensal inferior a dois salários mínimos. “Para aqueles que dizem que tiramos o público dos restaurantes tradicionais acredito que essa seja uma informação bem relevante, pois dificilmente as pessoas com essa faixa de renda sejam os clientes assíduos dos restaurantes tradicionais do município”.
Os números também indicam que 53,8% dos usuários possuem renda entre um e dois salários mínimos. Os que ganham menos de um salário representam 8,2% do público pesquisado, e 9% não possuem rendimento comprovado. Sendo que outros 10% não responderam essa pergunta.
Frequência
A pesquisa apontou que 41,5% do público frequenta diariamente o RP e outros 25,8% informaram que compareciam de duas a três vezes por semana. Outros 11,3% comparecem quatro vezes por semana e 18,3% informaram fazer suas refeições eventualmente nos restaurantes populares. Do total dos entrevistados, 3% não responderam essa pergunta.
Faixa etária
A faixa etária que mais comparece aos RPs compreende pessoas entre 36 e 59 anos. Esse grupo representa 34,8% do total. O segundo grupo etário mais assíduo nos RPs são de pessoas com mais de 60 anos. Essa faixa etária corresponde a 11% do público total.
Cozinha Social
A Cozinha Social, responsável pela produção dos alimentos oferecidos nos Restaurantes Populares prepara diariamente cerca de 4500 refeições. Segundo o diretor da Cozinha Social, Luiz Carlos Bazei, a estimativa é que o RP do Jardim Panorama II atenda entre 300 e 500 refeições por dia. Os restaurantes ampliam o acesso da população a alimentos de qualidade e nutricionalmente monitorados, e ainda, fomentam a economia local. “Esse é um avanço muito grande na nossa sistemática de trabalho, além de aumentar cada vez mais o poder de compra do município, pois compramos os alimentos dos produtores rurais através do Plano de Aquisição de Alimento (PAA) municipal”, argumentou Bazei.