A pele é um tecido elástico. Quando a esticamos, ela tende a voltar a sua forma original, mas e quando não volta? É assim que surgem as estrias. Cicatrizes causadas pelo rompimento da destruição das fibras elásticas da pele. As cicatrizes geralmente se dão pelo aumento do volume corpóreo, como em uma gravidez, aumento de peso, implante de prótese mamária, o uso de anabolizantes ou fatores hormonais. A boa notícia é que atualmente, a cirurgia plástica e procedimentos estéticos podem contribuir para diminuição do aspecto indesejável na pele.
Devido à diminuição da espessura da derme e da epiderme há o surgimento das linhas, que podem coçar e arder, mas sem nenhum sintoma preocupante em seu aparecimento. Há dois tipos de estrias: as vermelhas ou rosadas e as brancas. “As estrias com tons avermelhados são também chamadas de estrias recentes. Podem apresentar coceira e inflamação no local, mas são de fácil remoção. Já as brancas são as mais antigas e não há inflamação por ter sido atrofiada mais intensamente em suas fibras colágenas e elásticas”, explicou o cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Tiago André Ribeiro.
Nas mulheres, é mais comum encontrar estrias nas coxas, glúteos, abdômen e nos seios. “Isso ocorre quando a mulher entra na puberdade. Seu corpo muda muito rápido, cresce e ganha peso em um pouco espaço de tempo. Quando engravidam, geralmente as estrias aparecem no abdômen e nos seios”, comentou. “Outra causa comum, hoje, é o aparecimento após a colocação de próteses de silicone, por causa da distensão dos tecidos de forma abrupta”.
Em homens é mais comum nos ombros, braços e costas. Os que se submetem a musculação excessiva ou abusam de anabolizantes são os mais propensos.
Tratamentos
Uma das tecnologias mais usadas para o tratamento de estria é através da radiofrequência subablativa fracionada. A energia penetra de modo homogêneo e profundo na pele, renovando a derme sem machucar tanto a superfície. O procedimento varia de três a cinco sessões, realizada uma vez por mês, e os resultados começam a aparecer por volta da segunda sessão. Deve ser realizado uma vez por mês e é contraindicado para gestantes.
O peeling de Cristal também é um procedimento bastante utilizado. A ação busca eliminar a camada superficial da pele e regenerar as células da região. De forma suave, a pele é lixada com cristais de oxido de alumínio. O número de sessões é variável e deve ser feito mensalmente por cinco meses.
Outra técnica comumente utilizada é a subcisão, ou seja, a separação do tecido da pele a partir do tecido mais profundo da estria, com uma agulha específica. Deste modo, o sangue e as células da coagulação e da cicatrização causam uma nova cicatrização da lesão que nivela e deixa mais homogêneo com o resto da área da pele. “Este procedimento também pode ser realizado com outros tratamentos e o número de sessões é definido em avaliação médica com intervalo de 30 a 45 dias entre cada procedimento”, salientou doutor Tiago.
O laser ablativo fracionado CO2 também pode ser usado para a remoção de estrias. Nas de tons avermelhados, o laser fecha os vasos sanguíneos menores e estimula a produção de colágeno, diminuindo as estrias e dando um aspecto mais natural a pele. Já nas estrias de cor branca, o laser aproxima as bordas e preenche as bordas das estrias. “O laser CO2 faz com que a área onde é aplicado evapore como se fossem várias agulhas penetrando na pele. Esses micropontos são eliminados pelo organismo, assim, reduzindo novos colágenos e ajudando a suavizar as estrias”, explicou. A quantidade de sessões é variável, sendo necessário normalmente cerca de cinco sessões, que podem ser mensais.
Sobre Tiago Ribeiro
Cirurgião Plástico especialista pelo Hospital Santa Marcelina, de São Paulo, Tiago André Ribeiro é graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). É membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Atende nas cidades de: Toledo e Marechal Cândido Rondon. Mais informações no site: www.clinicatiagoribeiro.com.br
