A ginasta da seleção de Cabo Verde, Elyana Boal, encerrou nesta segunda-feira, 01, em Toledo um treinamento visando a preparação para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. A atleta veio acompanhada da técnica Elena Atmacheva e fez no clube Sadia, com a técnica Anita Klemann, a sua última preparação para as Olimpíadas. Nesta terça-feira, 2, a ginasta seguiu para o Rio de Janeiro, onde permanece participando da programação de abertura, na sexta-feira, 5, e posteriormente treinando até as disputas, a partir do dia 19 de agosto.
O trabalho em Toledo começou no último dia 10 e o principal adversário para a ginasta foi o frio, que em determinados dias ficou em torno de 8 graus. Acostumada a temperaturas de cerca de 28 graus, o frio de Toledo, apesar de não ser tão intenso como nos demais estados do Sul do país, causou estranheza para a atleta. Mesmo assim, ela considerou que o treinamento em Toledo foi bastante proveitoso, apesar de ser bem mais intenso do que do ritmo que estava acostumada. No seu país ela treinava duas a três horas por dia, durante o período de aulas. Nos últimos dias, em função das férias escolares, no entanto, ela tinha ampliado este tempo, embora não chegasse a 8 horas por dia, como estava fazendo em Toledo.
A ginasta não espera subir ao pódio, considerando o nível técnico das demais concorrentes, mas espera fazer uma boa apresentação, concluindo todas as séries. “Vou dar o meu melhor”, ressaltou a ginasta, que com a participação nas Olimpíadas de 2016 pretende encerrar a sua carreira na modalidade. A atleta se preparara para iniciar o curso superior de Engenharia Hidráulica, na China, e acha que será difícil conciliar os estudos com o esporte de rendimento.
Cabo Verde está entre os quatro países convidados para representar o seu país nas Olimpíadas na modalidade de GR. No individual, o número de atletas participantes é limitado, chegando a 24 participantes. Quatro atletas são convidadas para representar os seus países. As demais garantem a participação pela pontuação. Segundo Atmacheva, o treinamento em Toledo foi bastante positivo e permitiu melhorar as coreografias, a expressão, além da execução com música. Ela elogiou a estrutura física do clube, a capacidade técnica da equipe, comandada pela coordenadora técnica Anita Klemann, e agradeceu a atenção dispensada no período. “Foi a primeira vez que viemos a Toledo e adorei estar aqui”, destacou ela, que já conhecia o trabalho de Anita de outras competições e os resultados alcançados por suas ginastas.
Conforme Anita Klemann, apesar do curto espaço de tempo foi possível realizar um trabalho muito bom em Toledo com a ginasta de Cabo Verde. Segundo ela, a atleta tem um trabalho de base muito forte, de fazer inveja a outras atletas, e em Toledo foi possível aperfeiçoar as coreografias. Conforme a técnica da Sadia, seria necessário mais tempo de treinamento, mas neste período foi possível avançar bastante, aprimorando as coreografias.
O projeto de Ginástica Rítmica de Toledo, com 26 anos de atuação no município, é patrocinado pela Sadia, conta com as parceiras do Sesi, prefeitura de Toledo, apoio da Unimed e com o co–patrocínio de O Boticário, Sanepar e Prati-Donaduzzi, através de recursos obtidos pela da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte/Governo Federal.