O evento acontece no auditório da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundetec), em Cascavel, com início às 7h30, com a participação do superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná, Gil Bueno Magalhães. A ideia é debater ações para elevar o status sanitário da região. As inscrições pra o evento devem ser feitas pela internet, pelo endereço www.sanidadeagropecuaria.com.
No encontro deverão ser definidas estratégias para garantir o controle rigoroso de todo o rebanho, desde o nascimento dos animais nas propriedades, passando pela alimentação e bem-estar, com a comprovação de documentos até o trabalho de rastreabilidade realizado pelas cooperativas.
Com isso, pretende-se garantir que o rebanho paranaense seja “Livre de Febre Aftosa sem Vacinação”, pois a ausência de vacinação impõe um controle sanitário mais rígido para a prevenção da doença, algo bem visto pelos mercados internacionais, o que acaba valorizando o preço. Outra ação é a segurança contra a entrada de doenças, como a influenza aviária, que tem dizimado nos Estados Unidos milhares de aves.
A expectativa, com o título de “Estado livre de aftosa sem vacinação”, é que as vendas aumentem pelo menos 65%. “O Paraná já recebeu o status de ‘Livre Peste Suína Clássica”, mas de aftosa ainda não. Estamos lutando para isso. Queremos abrir mais mercados. E o Oeste é fundamental para esta conquista”, explicou Elias Zydek, diretor-executivo da cooperativa Frimesa.
Estão previstas entre outras iniciativas para elevar o status sanitários do Oeste e, por consequência, do Paraná, a promoção dos Conselhos de Sanidade Agropecuária (CSA), a proposição de um Fundo Integrado de Defesa Agropecuária e a destinação adequada de animais mortos.
Essas ações, segundo o presidente do Programa, Mário Costenaro, foram definidas durante o 2º Fórum do Oeste em Desenvolvido, realizado no dia 16 de maio, em Cascavel. “Garantir um adequado padrão de sanidade agropecuária é um dos principais desafios das cadeiras produtivas, pois o fator está intimamente ligado com aberturas de novos mercados, com melhores preços dos produtos da região e com a saúde pública”.
Campanha
Durante o encontro será lançada uma campanha de mídia com utilização de vídeos e materiais impressos para mobilizar a comunidade sobre a importância de alcançar o status de “Estado Livre de Aftosa Sem Vacinação”.
Na sequência, a intenção é sensibilizar produtores, empresas, profissionais e a comunidade para prevenir e eliminar possíveis focos da doença, já que o rebanho não será mais vacinado. “Não envolve apenas a bovinocultura de corte e de leite. Na nossa região, ela atinge fortemente a suinocultura. O que estamos propondo é unificar e otimizar os esforços para garantir sanidade agropecuária em prol do desenvolvimento do Oeste e todo Paraná”, explicou Rafael Weiss, coordenador da Câmara Técnica de Suínos do POD.