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ESPORTES

Morgana faz avaliação da Rio 2016 e sonha com Tóquio 2020

Para ela, o nono lugar conquistado pelo conjunto brasileiro foi um excelente resultado e demonstra o crescimento da modalidade de Ginástica Rítmica no Brasil

30/08/2016 - 17:31


Mal acabou a Olimpíada de 2016 e a ginasta Morgana Gmach, da Sadia, que integrou o conjunto da seleção brasileira de Ginástica Rítmica, classificado em nono lugar, já está pensando na próxima edição. A atleta retornou a Toledo, onde pretende ficar até o final do ano à disposição do clube, uma vez que a seleção, a princípio, não tem nenhum outro compromisso em 2016, e brigar por uma vaga nas Olimpíadas de Tóquio, no Japão, daqui a 4 anos.  “A Camila (Ferezin, técnica da seleção de conjunto) deve fazer uma seletiva no começo do próximo ano e eu pretendo participar. Se ela me chamar, quem sabe eu esteja em Tóquio, em 2020. Eu pretendo continuar na seleção, enquanto o meu corpo aguentar, quem sabe participar de mais uma Olimpíada”, disse a atleta, que terá 26 anos em 2020 e acredita que a idade não será empecilho.

Para ela, que foi recebida carinhosamente nesta terça-feira, 30, no Centro de Treinamento de GR da Sadia, no ginásio do Sesi, pelas colegas de equipe e depois  participou de uma coletiva de imprensa, o nono lugar conquistado pelo conjunto brasileiro foi um excelente resultado e demonstra o crescimento da modalidade de Ginástica Rítmica no Brasil. “Conseguimos avançar sete posições em relação ao Mundial do ano passado. Em 2012, em Londres, o Brasil não conseguiu classificar o conjunto para participar da competição e em 2008, em Pequim, participaram 12 conjuntos e o Brasil ficou em décimo segundo lugar. O nosso resultado foi muito bom”, disse ela, ressaltando ainda que a Rio 2016 serviu para divulgar o esporte e tornar a modalidade mais conhecida.

Mesmo reconhecendo o envolvimento da Confederação Brasileira de Ginástica, que ao longo do ano viabilizou a vinda de uma técnica estrangeira para auxiliar nos treinamentos da equipe e os diversos intercâmbios no exterior realizados, ela afirma que a ginástica rítmica brasileira precisa de mais apoio para continuar evoluindo. Ela acredita que o Brasil tem muito a aprender ainda com as equipes de outros países, principalmente a Rússia e a Bulgária, que tem um trabalho corporal muito bom, iniciado desde muito pequenas. “Precisamos melhorar as coreografias, dificuldades, lançamentos, a técnica corporal. As equipes da Rússia e da Bulgária, que são as melhores do mundo, têm muito a nos oferecer”, acredita a ginasta. “A técnica, repassada ainda quando somos crianças, não é tão boa quanto a delas e por isso precisamos buscar o que elas tem a oferecer para melhorar e aprimorar o nosso crescimento”, avaliou a ginasta.

Morgana relembrou as dificuldades até chegar a seleção brasileira e disse que agarrou com todas as suas forças a oportunidade de ser titular da equipe nos Jogos Pan-Americanos, no Canadá, quando foi convocada três dias antes da equipe viajar, com a lesão da atleta titular, Débora Falda. “Eu, que já tinha participado de cinco seletivas, antes de ser convocada para a seleção brasileira, agarrei esta oportunidade com todas as minhas forças. Procurei sempre mostrar o meu melhor e participar das Olimpíadas representa todo o suor, dificuldades, a saudade da família, longe de casa, os sacrifícios para manter o peso, não ter lesões, a exaustão dos treinos, horas sem dormir, tudo isso”. Ela ressaltou que o apoio da família e a fé que mantém em Deus foram fundamentais para manter-se firme, treinando muito para conseguir mostrar o seu melhor e chegar aos Jogos Olímpicos. “Estar em uma Olimpíada é uma sensação indescritível, tudo chama atenção é diferente, maravilhoso. É uma atmosfera diferente. No meio dos melhores atletas, você se sente um atleta único também”.

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