Casa de not%c3%adcias   1144 x 150  %281%29

POLÍTICA

Na China, Temer diz que manifestações não representam vontade da maioria

Pesquisas divulgadas na última semanas mostram que o vice só tem a aprovação de pouco mais de 10% dos brasileiros

02/09/2016 - 15:01


O presidente Michel Temer disse nesta sexta-feira (02), em viagem à China, não ver risco de contradições entre seu discurso de reunificação e repacificação nacional, e as manifestações que têm ocorrido em algumas localidades do país, feitas contra seu governo.

Pesquisas divulgadas na última semanas mostram que o vice só tem a aprovação de pouco mais de 10% dos brasileiros. Outras sondagens indicam que quase metade dos brasileiros não vê diferença entre ele e Dilma. Ainda assim, Temer diz que a mensagem de reunificação e repacificação de seu governo não é em benefício pessoal, mas dos brasileiros. "E eu sinto que os brasileiros querem isso. Quem muitas vezes se insurge, como um ou outro movimentozinho, é sempre um grupo muito pequeno de pessoas. Não são aqueles que acompanham a maioria dos brasileiros”, relatou.

 

O presidente negou ter sido surpreendido por suposta manobra no Senado, que resultou na habilitação da presidenta afastada Dilma Rousseff para exercer funções públicas. “Estou acostumado a isso. Estou há mais de 34 anos na vida pública e acompanho permanentemente esses pequenos embaraços que logo são superáveis”, disse Temer.

“Ontem mesmo falei com companheiros do PSDB, PMDB e DEM, e essa questão toda será superada. Não há a menor dificuldade. Não se tratou de manobra. Tratou-se de uma decisão que se tomou. Sempre aguardo respeitosamente as decisões do Senado”, acrescentou.

Segundo o presidente, essa questão entrou, agora, em uma "seara" jurídica. "O Senado tomou a decisão. Certa ou errada, não importa, o Senado tomou a decisão. Me parece que ela está sendo questionada agora juridicamente. Então, ela sai agora do plano exclusivamente político para o quadro de uma avaliação de natureza jurídica”.

 

Com a posse de Temer, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) emplaca seu terceiro presidente da República eleito sem voto popular. José Sarney, em 1985, quando Tancredo ficou doente e não pode assumir. Itamar Franco em 1992, após o impeachment de Fernando Collor, e agora Michel Temer, com o afastamento de Dilma.

Maifestações

Após três dias seguidos de manifestações com forte repressão policial, os movimentos populares seguem com calendário de mobilização nacional. A aprovação do impeachment de Dilma Rousseff no Senado, nesta quarta-feira (31), tende a intensificar os atos de oposição ao governo de Michel Temer no próximo domingo (04).

Inúmeros protestos "Fora, Temer" estão marcados nas capitais e no interior de todo o país. Cidades como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Curitiba (PR), Maceió (AL), Juiz de Fora (MG) estão entre as principais no mapa de mobilizações.

Anuncio gene 2