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GERAL

Oeste pede revisão de lei que regulamenta destinação de animais mortos

Este é um dos principais problemas enfrentados pelos produtores rurais

08/09/2016 - 17:27


Representantes do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD) pretendem entregar, nesta sexta-feira, 9, um documento ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pedindo a revisão urgente da lei de inspeção sobre a destinação adequada de animais mortos, incluindo o transporte.

A reivindicação será entregue pelo coordenador do POD, Mário Costenaro, e pelo coordenador da Comissão de Sanidade do programa, Elias Zydek, ao  secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki, às 15h30, na sede da Sociedade Rural de Cascavel. O estudo pede também a ampliação de recursos para pesquisa e a existência de um integrante permanente do Brasil na Organização Mundial de Saúde Animal OIE - World Organization for Animal Health.

Animais mortos

A destinação de animais mortos é um dos principais problemas enfrentados pelos produtores rurais e tem como consequência prejuízos às quatro cadeias produtivas da proteína animal, pescado, leite, aves e suíno, da região.

A legislação que serve de base para regulamentar os processos sanitários é antiga, de 1934, e sofreu poucos ajustes em decretos, como a Lei da Inspeção, de 1950, regulamentada em 1952, ou mesmo o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), sugerido em 1998 e regulamentado apenas em 2006.

“Queremos uma legislação que especifique os procedimentos que devem ser adotados. Precisamos resolver esse problema, de maneira legal, com apoio governamental, promovendo a revisão daquilo que precisa ser ajustado”, comentou Zydek.

O diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio Kroetz, tem a mesma opinião. “O descarte de aves difere do descarte de bovinos, por conta do porte; o descarte por morte natural é distinto daquele por doença ou, ainda, do descarte em decorrência de desastre natural, que geralmente acontece em grande escala. Precisamos de um grande projeto detalhando cada ação”.

Segundo o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Everton Luís Krabbe, o que mais acontece hoje nas propriedades, é o sistema de compostagem. “É o mais usual, mas não quer dizer que seja o mais adequado. O setor produtivo exige uma solução”.

Em relação à questão do transporte dos animais mortos, não há nada específico na legislação nacional. Ela não proíbe, mas também não autoriza. Já a estadual não permite. “Não há um consenso sobre os níveis de risco. Estamos priorizando isso nos nossos estudos”.

Além de saber o que fazer com os animais mortos, há a questão do destino desse material decomposto e a destinação desta matéria-prima oriunda dos animais mortos. “Já tivemos situações gravíssimas, como o descaminho desses animais para, inclusive, alimentação humana. É necessário um entendimento sobre o assunto com urgência. O produtor precisa dessa resposta para que o processo funcione de forma ambientalmente segura”, alerta a chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná, em Toledo, Maria Gloria Genari Pozzobon.

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