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GERAL

Cadeia produtiva de peixe é tema de discussão em palestra da Unioeste

A produção de peixes em tanques-redes e o cenário da cadeia produtiva no Brasil e em outros países foram questões abordadas pelo profissional, Guilherme Rocha Vianna, em uma palestra realizada na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo. Ele atua na Belgo, uma empresa da área de fornecimento de insumos para tanques-redes, arames e telas. A empresa está sediada em Belo Horizonte.

19/05/2011 - 15:42


Vianna afirmou que o 1º produtor de pescado está localizado no Chile. O país tem desenvolvido há 30 anos a produção de salmão em tanque-rede. No Brasil há cerca de 20 anos, existe a produção com peixes nativos, como o tambaqui, pacu e tilápia. Vianna ficou aproximadamente 12 dias no Chile conhecendo a estrutura das maiores empresas do mundo: Noruega, Escócia e Canadá que estão fixadas naquele país. Ele contou que as empresas desenvolveram um sistema de tanques de grande volume (20 por 20 ou 30 por 30 de largura, chegando até 50 m de profundidade). No Brasil, o tamanho dos tanques trabalhados são de 2 por 2; de 1,20 por 1,5. “Possuímos um sistema tão competente quanto o deles, mas completamente diferente na questão da despesca e do arraçoamento. A produção no Brasil é de 80, 100, 120 até 150 kg por metro cúbico enquanto que no Chile se trabalha com 18”. Para melhorar o desenvolvimento da cadeia produtiva no Brasil, Vianna sugeriu que ela seja mais regular, ou seja, com melhores abatedores e maior diversidade.
Outro detalhe destacado pelo profissional, no Chile e na Noruega os trabalhos são realizados em áreas específicas de baias, onde desenvolvem a produção do salmão. “No Brasil a tilápia é desenvolvida no Paraná na região de Palotina e Toledo; do Parapanema; Paulo Afonso (BA), onde há atendimentos locais”. Vianna relatou que visitou uma fazenda em Paulo Afonso, onde o produtor possui 2 mil tanques-redes nesta unidade e vende 100% do produto na porta recebendo R$ 4,20 pelo quilo. “O produtor está com uma ótima rentabilidade e trabalha com a estimativa de produção entre 90 e 100 kg por metro cúbico e desenvolvendo uma piscicultura de alto padrão e qualidade com o atendimento local com o peixe vivo”. Ele acrescentou que o Brasil possui uma alta qualidade de água em vários locais do país e um mercado consumidor grande. “Temos um elemento essencial, a água. Ela é de boa qualidade e temperatura adequada para a produção. O que faltava eram as licenças ambientais, mas que o Ministério da Pesca vem ajudando nestas questões”.
Vianna ainda destacou que no Brasil terá continuidade o desenvolvimento de pequenos projetos em um sistema familiar, o qual ele considera a produção boa e passará a ter um novo mercado. Outra tendência, citada por Vianna é o tamanho do tanque. “Sairemos do 2 por 2, 3 por 3 e existem projetos no Brasil de tanques com grande volumes de 20 por 20, com 3 a 5 de profundidade. Em São Paulo tem dois projetos, no Norte do Mato Grosso divisa com Pará, e os outros estão na região de Paulo Afonso”. Vianna salientou que é uma tendência que está acompanhando na tentativa de desenvolver tecnologias que possam ser viáveis para o novo manejo. “Também é preciso ter práticas severas na segurança de trabalho. Uma regulamentação e normas de bons procedimentos para ter uma maior segurança de trabalho nestas cadeias produtivas”.


Por Graciela Souza

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