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AMBIENTE

Prefeito quer fazer projeto de lei para centralizar autorização para podas de árvores; Promotor diz que Copel tem legitimidade para ações

As podas de árvores feitas pela Copel têm gerado polêmica na cidade. Moradores e nesta semana até o prefeito se manifestaram indignado com as chamadas podas em v. Durante a solenidade de reinauguração da Casa da Cultura na última quarta-feira, o prefeito José Carlos Shiavinato manifestou declarou que pretende tomar providências contra esse tipo de ação, e prometeu elaborar um projeto de lei que estabeleça que qualquer poda de arvora não possa ser efetuada sem a autorização prévia do município.

19/05/2011 - 15:59


“Eu não posso me calar quando a companhia da energia da minha cidade faz um trabalho como o realizado na rua General Alcides Etchegoyen com a nossa arborização”, disse Schiavinato profundamente indignado. O prefeito relatou que o município se reuniu com a comunidade a dois anos atrás para discutir a questão da solução para a arborização no bairro, e que o projeto está sendo colocado em prática.

O promotor de Justiça do Meio Ambiente, Giovani Ferri, conversou com a reportagem da Casa de Notícias e explicou que a poda da arborização urbana tem que passar por critérios técnicos, e que pode ser autorizada tanto pela Secretaria de Meio Ambinet quanto pelo Instituto Ambiental do Paraná. “Contanto que não  prejudique a arborização e desenvolvimento da árvore, a Copel pode sim fazer a poda pois envolve questões de segurança. Para que não ocorra risco de uma pane elétrica ou rompimento de fiação. Mas também nessas hipóteses tem que seguir critérios técnicos”, esclareceu o promotor de meio ambiente.
Segundo Ferri o problema da arborização do município está sendo discutida no plano de arborização urbana. “Tivemos discussões perante o Conselho do Meio Ambiente, e o Município está formatando o plano, que ainda não está pronto. Temos um projeto piloto de arborização no Jardim La Salle - é um plano complexo que não se faz da noite para o dia”, argumenta Ferri. O promotor relata que o grande problema em Toledo é a arborização em baixo da rede elétrica. “Esse problema não é de agora, vem a mais de 30, 40 anos. Temos árvores de grande porte como o Ipê, Cibipiruna que alcançam de 10m a 12 metros. O que estamos discutindo é que a arborização seja feita do lado contrário a rede elétrica, plantar árvores de menor porte em baixo da rede elétrica e as de maior porte no lado contrário”, diz. Ele informa ainda que o plano de arborização contemple a substituição gradativa das árvores de grande porte nos próximos anos.
Sobre as podas em v, o promotor explica que é de conhecimento que este não é o procedimento mais adequado, mas que existe outro fator como a segurança da rede elérica. “Vemos muitas árvores cortadas em v, justamente porque a rede elétrica está passando no meio das árvores. Sabemos que ambientalmente não é um procedimento adequado, mas temos a questão técnica da segurança da rede elétrica. Não basta dizermos que não pode fazer a poda em v, sendo que corre o risco de ter uma pane elétrica, um apagão. O que recomendamos é que árvore seja preservada o máximo possível, preservando a rede elétrica e a arborização”, argumentou Ferri.
Confira reportagem em vídeo
 

Por Rosselane Giordani

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