Representantes dos moradores do Jardim Anápolis, Vila Industrial e Jardim Gisela entregaram à administração municipal nesta segunda-feira (06) um documento solicitando a desistência da construção da sede da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) no bairro.
As lideranças alegam que os moradores não são contra o projeto, mas não querem a sua execução no bairro Anápolis por temer pela segurança dos moradores e a desvalorização dos imóveis. A APAC é um modelo de atendimento humanizado, que busca a ressocialização e o convívio em sociedade dos recuperandos.
O prefeito, Lúcio de Marchi, voltou a frisar que a APAC vai abrigar recuperandos, selecionados criteriosamente para o programa. "A APAC não é um presídio, mas uma unidade de ressocialização, que vai abrigar apenas selecionados pelo Judiciário e dispostos a mudar sua condição de vida", comentou. A unidade atenderá no máximo 40 pessoas, todos de Toledo. No local trabalharão servidores contratados, voluntários e recuperandos.
Atualmente, há 280 pessoas superlotado a cadeia de Toleo, no centro da cidade, enquanto a APAC é uma proposta discutida e sugerida pela sociedade como uma alternativa para a ressocialização dos presos. “Se conseguirmos reconduzir ao convívio em sociedade metade dos detentos que forem encaminhados à APAC teremos 20 criminosos a menos nas ruas, o que e muito positivo. Presídio, cadeia, não ressocializam ninguém”, frisou o chefe de gabinete da Prefeitura, Laceu Dal Bosco.
O prefeito Lucio destacou que os projetos visando a construção da unidade continuarão a ser discutidos. Ele ainda convidou as lideranças para que se somem à comitiva que deverá ir a Barracão, no sudoeste do estado, para conhecer a unidade que funciona naquele município, o que deverá contribuir para esclarecer dúvidas e desmistificar eventuais pré-conceitos existentes.
