A decisão de mudar a rotina de trabalho havia sido tomada na sexta-feira passada quando prefeitos e prefeitas da Amop discutiram na sede da entidade em Cascavel soluções para conter a crise econômica que atinge a maioria das 51 prefeituras da região. O motivo de preocupação é a proximidade com o fim do ano, período em que as despesas do Poder Executivo se avolumam por conta do pagamento do décimo terceiro salário, férias e outras obrigações resultantes do cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.
O presidente da Amop e prefeito de Jesuítas, Aparecido José Weiller Júnior, esclareceu que as responsabilidades e deveres de cada um dos entes da Federação é um problema que se arrasta há muito tempo e não é culpa deste ou daquele governo, mas sim é uma questão conjuntural que precisa ser revista o quanto antes, daí a importância da luta travada pela Amop, em conjunto com a AMP e a CNM, na defesa desses interesses. Ressaltou ainda o presidente a união histórica dos prefeitos da região Oeste do Paraná, independente de sigla partidária, na luta e defesa dos interesses coletivos dos municípios.
Junior disse que é nas prefeituras que o cidadão busca resolver seus problemas, seja na área de educação, saúde, geração de emprego ou pela necessidade do produtor rural dispor de boas estradas para escoar sua safra. Por isso, é que precisamos nos manter unidos e coesos em tornos das causas que entendemos relevantes para as causas municipalistas, como a votação da Emenda 29, que destina mais recursos para a saúde, a partilha de recursos advindos da exploração do Pré-Sal, o que possibilitara uma melhor divisão dos recursos direcionados aos municípios, e ainda lutar para que o Estado cumpra com sua obrigação com o transporte escolar de alunos e com a segurança pública, que hoje são custeadas praticamente na sua totalidade pelos municípios, destaca o presidente da Amop.
As prefeituras, diante dessa situação, estão adotando medidas emergenciais visando conter os gastos públicos, inclusive, se necessário, com a demissão de servidores ocupantes de cargos em comissão, paralisação das máquinas, corte de vantagens inclusive hora extra, bem como adotando estudos para verificar a viabilidade da manutenção do atendimento em turno único, mantendo apenas os serviços essenciais à população, como saúde, educação, limpeza pública e assistência social.
Da Redação com informações da Assessoria