O evento ocorreu no Super Muffato da Avenida Parigot de Souza e a força do voluntariado pôde ser medida pela ação do Clube dos Desbravadores. “Eles foram até o Jardim Panorama, buscando doações de casa em casa”, explicou a conselheira do Clube, Jane Henning, explicando que a entidade existe há três anos e envolve crianças, entre 10 e 15 anos, que prestam auxílio às comunidades carentes. Para a estudante de Educação Física, Rafaela Mottin, todos podem colaborar. “Às vezes aquilo que sobra pra gente, falta as outras pessoas”, pontuou a acadêmica da Unipar. Mesmo considerando que a bondade legítima está em falta, a técnica de enfermagem Mariane Bernady Batista classifica a iniciativa como válida e de que outros empresários deveriam promover ações semelhantes. “Falta bondade e sobra interesse, mas podemos mudar essa situação”, acredita Bernady. Neste mesmo sentido pensa a futura enfermeira, Mayara Lima. “Precisamos de mais amor, respeito e consideração com as pessoas. A bondade necessita se tornar um ciclo, baseado em educação e diálogo”, acredita a jovem de 19 anos.
A programação aconteceu em frente ao supermercado das 8h30 às 17h. Neste período, a população trouxe doações e ainda apreciou as dez atrações musicais que se revezaram no palco montado para o evento. A gerente da loja Muffato da Parigot, Gelci Müller Bisinela, frisou que todos os materiais arrecadados em Toledo ficarão na própria cidade. “Muitas pessoas ainda acreditam que as doações daqui vão para Cascavel ou outras cidades, o que não é verdade”, avisa Bisinela, saudando os 160 funcionários que trabalharam voluntariamente no evento.
A secretária de Assistência Social, Ires Damian Scuzziato, recordou que as próprias entidades cuidaram de distribuir as doações “Queremos agradecer a participação de todos. Tanto das entidades quanto dos 150 voluntários que colaboraram com o evento, enfatizou. “Apoiamos a iniciativa, mas a secretaria trabalha com uma política de promoção da pessoa humana, através da qualificação profissional e encaminhamento para o mercado do trabalho, resgatando a cidadania e permitindo que elas mesmas possam se emancipar”. Preferindo não se identificar, um senhor colaborou com dois quilos de arroz para o evento e justificou o anonimato. “A doação verdadeira deve ser às escuras, fazendo o bem sem olhar a quem”.
Da Assessoria - Toledo
