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GERAL

PTI e Itaipu formam segunda turma de técnicos em segurança de barragens

Curso semipresencial teve carga horária de 40 horas. Encontros presenciais foram realizados no PTI durante os dias 24 a 26 de setembro

27/09/2018 - 15:45


“Cada barragem é única”, destacou a analista de geotecnia Débora de Oliveira durante a aula inaugural do curso de Instrumentação e Auscultação de Barragens, realizado no Parque Tecnológico Itaipu (PTI) nesta semana. A ação feita por meio de uma parceria  entre a Itaipu Binacional e o PTI, apresentou conceitos teóricos importantes sobre a estrutura de barragens, manuseio de instrumentos e interpretação de dados coletados para a aplicação de medidas preventivas. A capacitação organizada pelo Centro de Estudos Avançados em Segurança de Barragens (Ceasb) do PTI foi dividida em dois módulos – conceitos introdutórios sobre barragens e suas constituições, e técnicas de aplicabilidade de instrumentos e coleta de dados. A formação semipresencial teve duração de três dias – de segunda a quarta-feira (24 a 26) e contou com 19 participantes.

De acordo com Débora, que atua no Ceasb há cinco anos e ministrou a primeira parte do curso, a barragem é uma fonte de informação, cujos dados são colhidos por meio de instrumentos que devem ser bem manuseados a fim de garantir informações precisas sobre a sua condição. “A instrumentação irá dizer como a barragem está se comportando, por isso não adianta apenas ter o instrumento se o técnico não souber avaliar os dados. É preciso que o profissional conheça quais instrumentos são utilizados e compreenda a dinâmica das suas operações”, explicou a instrutora.

O segundo módulo, voltado à parte prática da instrumentação e auscultação, foi ministrado por Jair Honório, que atuou como técnico da segurança de barragens da Itaipu por 10 anos. Jair explicou que, embora o termo “auscultação” seja originado pela medicina para caracterizar um exame realizado por um médico, a engenharia também o utiliza para medir a “saúde” de uma barragem. “Só é possível saber se uma barragem é segura a partir do monitoramento dos instrumentos. São eles que nos dirão se as hipóteses de projetos da estrutura estão sendo comprovadas por suas demandas”, afirmou Jair.

A capacitação teve a carga horária total de 40 horas, incluindo conteúdos à distância disponibilizadas anteriormente aos encontros presenciais. O roteiro do curso também incluiu uma visita técnica à Itaipu, realizada na quarta-feira (26).

Demanda especializada 

Esta é a segunda turma formada pelo curso, conforme explica a gerente do Ceasb, Alexandra da Silva Belini. A primeira foi composta exclusivamente por 23 técnicos e engenheiros do Laboratório de Concreto da Itaipu. “A ideia do Centro é disseminar o conhecimento sobre este tema, juntamente à expertise de Itaipu, com à possibilidade de relacionar conteúdos teóricos a atividades práticas. Sendo uma forma de compartilhar o que a usina vem desenvolvendo ao longo dos anos e capacitar profissionais para aplicarem essas técnicas em suas respectivas funções”, apontou a gerente.

Para o gerente da divisão de Engenharia Civil e Arquitetura da Itaipu, Dimilson Coelho Pinto, o curso visa atender a crescente demanda do mercado por mão de obra qualificada. “O mercado sempre disponibiliza capacitações direcionadas para engenheiros, e o que estamos realizando aqui é um curso prático, visando capacitar desde os técnicos leituristas são os olhos dos engenheiros, aos próprios engenheiros que atuam no monitoramento e manutenção das barragens”, afirmou o gerente. “O objetivo do curso é aperfeiçoar e qualificar a mão de obra no Brasil”, completou Dimilson. 

A capacitação contou com representantes das empresas Neoenergia, Magna Engenharia, CEEE, ENGIE, CTG Brasil, Enemax Engenharia, Entidad Binacional Yacyretá, Eletrobras Eletrosul, Pro Solo, Santo Antônio Energia e Itaipu Binacional. A abertura da terceira turma do curso está prevista para o início de 2019.

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