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TECNOLOGIA

Nomofobia afeta 77% dos jovens conectados, diz estudo

A nomofobia interfere na química cerebral, oscilando os níveis de ácido gama-aminobutírico e de glutamato-glutamina, neurotransmissores essenciais ao bom funcionamento do organismo

09/10/2019 - 18:20


A Internet há 30 anos entrou e transformou a vida das pessoas. No Brasil, 83% das crianças e adolescentes, entre 9 e 17 anos tem acesso à Internet. Esta geração de nativos digitais precisa ser educada para a cidadania digital e o alerta vem da pesquisa inglesa da SecurEnvoy - que aponta que, 66% da sua população sofre de nomofobia – pânico de ficar sem celular. Entre os jovens este índice sobe para 77%.

O termo nomofobia foi usado inicialmente no Reino Unido e se origina da expressão ‘No-Mo’ ou ‘No-Mobile’, na tradução livre: Sem Celular. A síndrome resulta em ansiedade, insegurança e depressão devido ao processo de isolamento social e empobrecimento das relações socioafetivas.

O uso excessivo dos celulares por crianças, além de prejudicar o sono, interfere no processamento de hormônios fundamentais ao desenvolvimento, durante o sono. Um estudo da Universidade de Seul, na Coreia do Sul, diz que a nomofobia interfere na química cerebral, oscilando os níveis de ácido gama-aminobutírico (GABA) e de glutamato-glutamina (Glx), neurotransmissores essenciais ao bom funcionamento do organismo.

O problema não está na tecnologia, mas como ela é usada. “As tecnologias têm ampliado e democratizado o acesso à Internet. Como provedor investimos, cada vez mais, para oferecer às famílias conexões ágeis e de qualidade, mas nos preocupa a forma como a Internet está sendo usada, sobretudo pelas crianças e adolescentes. Precisamos educá-los para a cidadania digital, ou seja, usar a Rede de forma responsável e ética. Só assim podemos evitar muitos casos de bullying, de exposição excessiva e de crimes cibernéticos”, explica o presidente da Toledonet Telecom, Marcos Thielke.

O olhar atento da família faz toda a diferença. “Hoje o mercado dispõe de diversos aplicativos que ajudam a família monitorar o tempo de acesso e o que as crianças e adolescentes acessam. São ferramentas que ajudam, mas não devem ser usadas sozinhas, o diálogo sempre é o melhor caminho. Precisamos educá-los para o convívio social e fazerem bom uso da Internet, pois ela oferece muitas possibilidades positivas”, orienta o presidente da Toledonet.

Sinal de Alerta

Os pais e responsáveis devem ficar alertas ao tempo que crianças e adolescentes ficam expostos e a sinais como usar o smartphone como compensação para conflitos emocionais; preocupação excessiva ao perder chamadas ou mensagens, temer desligar o telefone; redução de produtividade estudos ou trabalho, descontrole de gastos ou descumprimento de compromissos; pouca atenção aos amigos e familiares.

Apps de Controle

Os aplicativos têm recursos variados, a Toledonet recomenda que as famílias avaliem qual é mais adequado para sua família. Os Apps a seguir tem versões gratuitas.

1. Google Family Link

2. AppBlock

3. Life360

4. GPS Rastreador de família KidsControl

6. Controle Parental Screen Time

 

 

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