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ASSUINOESTE entrega pauta de reivindicação a Micheleto

A Associação Regional dos Suinocultores do Oeste (ASSUINOESTE) realizou na tarde deste sábado (9) uma reunião para entregar ao deputado federal Moacir Micheleto uma pauta de reivindicação do setor. Segundo o presidente da ASSUNIOESTE, Darci José Backes, o objetivo do encontro foi pedir ao deputado que interceda junto aos ministérios competentes, ligados a agropecuária, para que se possa evitar a “falência de milhares de suinocultores”.O setor vem operando no vermelho, em função do descompasso entre o custo de produção e os preços recebidos na venda dos animais.

09/07/2011 - 14:52


A pauta de reivindicações sugere uma série de ações como: renegociação em longo prazo, de todas as dívidas de investimentos e custeio; liberação imediata do financiamento de retenção de matrizes com prazo de no mínimo 3 anos para pagar, independente de outros financiamentos já existentes; liberação de no mínimo 40 toneladas de milho por produtor, levando em consideração o tamanho do rebanho; liberação de financiamentos pelo BNDES; agilização das negociações com a Rússia, visando o retorno a normalidade nas exportações;  financiar as empresas integradoras para que possam viabilizar a formação de estoques de carnes , tirando do mercado o excedente.

O deputado federal Moacir Micheleto comentou que da crise suinocultura já está sendo debatida em todas as instâncias do governo federal, bem como está se trvando discussões em nível de mercado. O deputado salientou que as reivindicações dos suinocultores será levada a Brasília, pois segundo ele é preciso se criar políticas públicas para garantir a atividade. “Estaremos levando essas idéias daqui, pois Toledo é o centro nervoso da suinocultura no Brasil”.  Micheleto também defendeu que o leite e trigo tenham efetivamente políticas de estado.
Produção
A Associação Brasileira dos Criadores de suínos (Abiec) confirmou nesta semana que o setor começou a reduzir as atividades nos criadouros, especialmente em estados afetados pelo embargo imposto pela Rússia há duas semanas (Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso). A medida é considerada inevitável. A suinocultura acumula prejuízos com preços baixos e custos elevados pelo aumento no preço do milho.
Mesmo sem estimar ao certo qual o tamanho do prejuízo do embargo, o presidente da Abiec, Marcelo Lopes, afirma que o fechamento das portas russas para a carne brasileira tornou a crise interna mais preocupante. “A oferta é grande e o consumo doméstico está caindo (...) Os estados bloqueados começaram a produzir menos.”
Levantamento da Abiec revela que cada brasileiro come, em média, 14,5 quilos de carne de porco por ano. “Se aumentássemos esse volume em 1 quilo, poderíamos ter 100 mil matrizes a mais”, calcula Lopes.
Considerando a participação russa nas vendas do Paraná, quarto maior exportador no Brasil, a barreira pode deixar 2,23 mil toneladas de frango, 1,58 mil toneladas de suínos e 240 toneladas de bovinos sem comprador a cada mês. São 48,6 mil toneladas de carne por ano, quando somado o volume das três cadeias.
Exportações
As exportações de carne suína, em junho, revelaram um resultado surpreendente: um crescimento de 12,35% em volume, em relação a igual mês de 2010.
O faturamento também aumentou (29,65%) no período, o que se explica pela elevação do preço médio da carne suína de 15,39%, em junho, na comparação com o preço obtido em junho de 2010.
As vendas externas aumentaram, apesar do embargo russo iniciado em 15 de junho, depois do anúncio feito pela autoridade sanitária da Rússia, Rosselkhoznadzor, no dia 2 do mês passado. O anúncio de possível embargo, nessa data, levou importadores e exportadores a anteciparem negócios e embarques na primeira quinzena do mês, em nível superior ao que todos haviam imaginado, explica Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína  (Abipecs).
Em junho, as vendas para a Rússia totalizaram 24.664 toneladas e US$ 77,85 milhões, um aumento de 19,59% em volume e 36,01% em valor, em relação a junho de 2010. Foram as compras russas que garantiram o bom desempenho das exportações de carne suína no mês.
Missão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento  (Mapa) liderada pelo secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, e pelos diretores Luiz Carlos de Oliveira, do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal – Dipoa, e Guilherme Marques, do Departamento de Saúde Animal – DAS, esteve em Moscou, nesta semana, para reuniões na Rosselkhoznadzor.
“A Abipecs continua otimista, pois espera para breve a reabertura do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso e a aprovação de nova lista de estabelecimentos certificados dentro dos critérios mais rigorosos da autoridade sanitária russa”, afirma Pedro de Camargo Neto.
As vendas para Hong Kong, segundo maior comprador, atingiram 9.695 toneladas e US$ 24,12 milhões, um aumento de 8,64% em volume e 30,10% em valor, na comparação com junho de 2010. Para a Argentina, terceiro principal mercado, os embarques foram de 2.473 toneladas, e o faturamento atingiu US$ 7,36 milhões, uma elevação de 27% em volume e de 33,57% em valor.
As exportações para a Ucrânia, em junho, caíram 23,72% em volume (3.205 t, em relação a 4.202 t em junho de 2010) e 10,52% em valor (US$ 10 milhões).
Reabertura da África do Sul - A reabertura do mercado da África do Sul foi excelente notícia. No dia 29 de junho, ao saber da novidade, o presidente da Abipecs distribuiu nota à imprensa informando que a medida “corrige irregularidade, totalmente em desacordo com as regras de comércio internacional amparadas pelo Acordo sobre as Medidas Sanitárias e Fitossanitárias da Organização Mundial do Comércio (OMC), que causou sérios prejuízos à suinocultura desde outubro de 2005”. Mais informações em: www.abipecs.org.br
 O Japão confirmou o envio de missão veterinária na segunda quinzena de agosto. Após dois anos de intensa troca de informações, o estado de Santa Catarina deve ser visitado, criando importante expectativa de abertura do maior mercado importador do mundo, conclui Pedro de Camargo Neto.
 
Confira reportagem em vídeo.

Por Rosselane Giordani com informações das agências

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