O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) deve receber 50% dos alimentos oriundos da agroindústria familiar. O chamamento público lançado recentemente destina um orçamento de R$ 156.500,00 por ano para compra de leite e R$ 23.580 para iogurte. Neste ano a novidade é a destinação de R$ 311.999,00 por ano para hortifrúti e panificação. “Serão avaliadas as condições de abastecimento, e então no futuro, esperamos que 100% dos nossos alimentos sejam oriundos da agroindústria familiar. Isso tem muitas vantagens financeiras para o hospital, como também para o fomento dessas famílias que vivem na área rural”, explica o diretor administrativo do Huop, Rodrigo Barcella.
Nesta terça-feira (03), representantes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) visitaram produtores rurais que tiveram interesse no chamamento público. “É importante conhecer os produtos nessas localidades e acredito que é um projeto nobre poder colaborar com os produtores rurais e observar a melhoria de vida dessas pessoas. Além disso, os alimentos são de qualidade, são da cidade, então serão entregues mais frescos. É uma colaboração mútua”, diz o diretor geral do Huop, Rafael Muniz de Oliveira.
A intenção, de acordo com o reitor da Unioeste Alexandre Webber é avançar ainda mais com a compra de alimentos da agroindústria familiar. “O objetivo é que possamos ampliar essa compra também para a universidade, conforme a nossa demanda. Então vamos avançando nessa perspectiva. É uma parceria que tende a ter resultados muito positivos”, afirma. “Estamos buscando oferecer produtos melhores, tanto aos pacientes, como também para os funcionários do hospital. Acreditamos que com uma alimentação melhor, ajudamos a cuidar da saúde. E em contrapartida, também ajudamos o produtor rural a se manter”, complementa o assessor especial da reitoria, Edson Souza.
De acordo com a chefe do Serviço de Nutrição e Dietética (SND), Talita Cristina da Rosa, a novidade na compra de hortifrúti e panificação representa um ganho para o hospital, tendo em vista que contempla a compra de produtos orgânicos. “Nunca tivemos produtos orgânicos, e sabemos que são de qualidade. Além disso, também vai oportunizar uma grande variedade de alimentos”, comenta.
E o quesito qualidade foi avaliado e aprovado pelo paladar. A produtora Neusa Sabará foi a primeira a receber a visita e preparou um café com os produtos, como cuca e bolacha, que são produzidas em casa. Ela trabalha junto com o esposo e o filho na produção e tem boas expectativas. “Espero que dê certo, pois assim nosso trabalho é reconhecido e isso nos dá uma esperança ainda maior na nossa produção”, diz.
A extensionista do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Terezinha Barrone, foi quem fez o contato com os produtores para a visita e ressalta a importância da compra dos produtores familiares. “Eles produzem com muita qualidade, com todo o acompanhamento, e essa incrementação da renda ajuda a fixar a família na área rural. É muito importante”, enfatiza.