A conta é simples maior número de infectados, maior número de pessoas doentes, maior necessidade de leitos. Toledo registrou nesta quinta-feira (10), 100 novos casos de Covid-19, 757 casos ativos e 447 exames aguardando resultado. E 79 vidas perdidas por conta de um vírus.
Nas Redes Sociais, leitores tem cobrado o Hospital de Campanha, o que não está nos planos da Prefeitura retomá-los, segundo a Secretária de Comunicação, Suzi Lira. O motivo pode ser óbvio: são os leitos de UTI o principal problema.
Neste problema junta-se a falta de respiradores (a necessidade de manutenção) a necessidade de suprimentos e, o mais importante, pessoas para estarem na linha de frente. São médicos e enfermeiros no limite físico e emocional.
Quando um familiar adoece, por qualquer outra doença, é acompanhado. A família vê seu sofrimento e pede socorro. Com a Covid-19 há uma outra realidade: o doente fica sob cuidados exclusivos de médicos e enfermeiros que farão o possível, para atender dentro do limite estrutural, técnico e humano.
Esta distância do sofrimento e da própria comunicação deste sofrimento, talvez esteja dificultando o entendimento de quão grave é o momento que vivemos.
Não é possível a apatia diante do colapso do sistema de Saúde. Faltar leito significa: se um familiar necessitar de UTI e não tiver, ele vai sofrer aguardando numa retaguarda, sozinho. Sem o abraço, o afago de quem ele mais ama.
A fiscalização e a garantia da segurança da Saúde Pública é obrigação do Estado. Façamos a nossa parte, mas quando entrar num ônibus lotado denuncie. Fotograve e torne público porque cabe ao município exigir da empresa que cumpra e garanta a sua segurança.
Observe o distanciamento, use máscara, higienize suas mãos e evite aglomerações. E se você presenciar chame a autoridade competente para garantir o seu direito à sua saúde.
