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PANDEMIA

Curitiba decreta lockdown no dia em que Pandemia completa um ano no Paraná

Por oito dias obras públicas, indústrias, comércios e serviços considerados não essenciais ficam proibidos de funcionar
12/03/2021 - 21:52
Por Da redação


No começo da semana, Curitiba tirou do papel o Plano de Contingência da Pandemia. Transformou nove Unidades de Pronto Atendimento em hospitais híbridos ou integrais para pacientes da Covid-19 e 42 Unidades Básicas de Saúde em mini UPAs. Mas as medidas não foram suficientes para zerar a fila de espera por leitos e a Prefeitura decidiu decretar o Lockdown. O anúncio foi feito pelo prefeito Rafael Greca, em vídeo divulgado no início da noite desta sexta-feira (12), nas redes sociais. 

O lockdown vai durar 8 dias. Começa à meia noite de sábado e segue até o domingo. Nesse período supermercados, postos de combustíveis, serviços de coleta de lixo e outros considerados essenciais vão poder funcionar. Já as obras públicas, indústrias, comércios e serviços ficam proibidos. O transporte coletivo funciona normalmente no sábado e domingo, mas a partir de segunda-feira o cronograma dos ônibus deve ser reavaliado. 

“Pela primeira vez teremos Lockdown. Eu acompanhei o governador no pico [da pandemia] em julho do ano passado fazendo alguns dias de restrição severa. Fizemos restrição severa recente, mas agora vamos fazer o Lockdown”, explicou Rafael Greca ao lado da primeira dama, Margarita Sansone. 

 O cálculo da bandeira avalia nove indicadores divididos em dois grupos: nível de propagação da doença e capacidade de atendimento da rede. A estratégia contra a Covid-19 em Curitiba conta hoje com 1.031 leitos SUS, sendo 566 clínicos e 465 de UTI. Só nos últimos 15 dias foram abertos 240 leitos clínicos nas UPA e 154 leitos de UTI. Ainda assim, a taxa de ocupação nesta sexta-feira chegou a 98% e Curitiba bateu o recorde do número de mortes confirmadas em um único dia: 34. 

“Nós não podemos pensar onde podemos cair ou errar. Mas nós podemos pensar em tudo o que ainda podemos fazer para que ninguém morra sem assistência. Para que os 50 respiradores que hoje nós compramos e que pensamos que ia durar 15 dias e se esgotaram em um único dia. Para que os 250 leitos das UPAs transformadas em hospitais de campanha em quatro paredes, com rede lógica, oxigênio, nós pensamos que ia ficar vazio por um bom tempo, já estão completamente cheios. Então, nós temos que tomar uma atitude mais drástica”. 

O prefeito destacou ainda, que a decisão atende ao apelo do Conselho Regional de Medicina, do Conselho Regional de Enfermagem, do Ministério Público do Paraná, Poder Judiciário e inclusive do Tribunal de Contas do Estado. 

Antes de terminar o vídeo Greca repetiu quatro vezes: 

“Só vai passar se todo mundo ajudar!” 

E finalizou: 

“O negacionismo, a ignorância, o fingir que está tudo bem não vai ajudar ninguém. Nós precisamos ficar em casa, só sair se for absolutamente necessário e obedecermos às autoridades sanitárias. Deus proteja Curitiba para que a misericórdia de escolher quem vai viver e quem vai morrer não tenha que ser exercida nos nossos sistemas de saúde. Por Deus nos ajude. Por Deus nos ajude”. 

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