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PANDEMIA

RH reforça o uso adequado de termômetros com infravermelho nas escolas

A equipe de Segurança do Trabalho percebeu que na maioria dos casos o uso do equipamento não está sendo realizado de forma adequada
21/05/2021 - 18:26
Por Assessoria


O serviço de Segurança do Trabalho da Secretaria de Recursos Humanos está realizando um treinamento nas escolas municipais orientando sobre o uso do termômetro infravermelho, do uso dos Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) e sobre condutas de segurança no trabalho durante a pandemia do Covid-19. 

As recomendações são direcionadas para os servidores responsáveis em aferir a temperatura corporal de pais, alunos e professores que acessam a parte interna das escolas. O principal objetivo é capacitar sobre o uso correto dos termômetros infravermelhos, já que a maioria dos profissionais está fazendo uso deste tipo de equipamento pela primeira vez.

A equipe de Segurança do Trabalho percebeu que na maioria dos casos o uso do equipamento não está sendo realizado de forma adequada. A capacitação está sendo realizada há cerca de 15 dias de forma presencial em cada escola. 

O médico do serviço de Segurança do Trabalho, Joel Antonio Guardiano, relatou sobre os principais equívocos no uso do aparelho. Assim como em estabelecimentos comerciais que fazem esse tipo de controle, nas escolas também se mantinha o hábito de aferir os resultados apontando o sensor para regiões do braço das pessoas. 

Uso indicado


A indicação correta é que o aparelho seja utilizado preferencialmente na testa das crianças. Das áreas expostas é a região mais fidedigna. A temperatura nas extremidades (braços e pernas) costuma ser mais fria que nas outras regiões do corpo, dificultando o diagnóstico das crianças com febre. A forma como o equipamento é utilizado, também interfere no resultado. O distanciamento deve ser entre 3cm e 5cm da superfície e ajustado para o modo “body” (corpo). O modo “surface” (superfície) não é indicado para medição de temperaturas em seres humanos. 

Triagem


O médico esclareceu ainda que este tipo de equipamento é utilizado apenas para triagem, de forma a levantar a suspeita de uma possível febre. Nos mapas de calor é possível perceber que as áreas de braços e pernas são mais frias e que o meio da testa concentra uma região de calor. “A aferição da temperatura da superfície das áreas expostas pode não corresponder à temperatura interna do organismo, sobretudo em dias de frio, mas serve para levantar a suspeita da possibilidade de febre”, explica o médico Joel 

Ele disse que os professores precisam ficar atentos, pois se o aparelho estiver fazendo uma leitura entre 34º e 35º, à título de exemplo em um dia de frio, e a temperatura de um aluno indicar 36º, este deve ser melhor investigado. A orientação neste sentido é que levantando a suspeita as crianças tenham a temperatura aferida com termômetro convencional, digital ou de mercúrio, em região axilar. Confirmando a temperatura axilar superior a 37,5º os pais devem ser comunicados e a criança deve ser afastada até diagnóstico da causa origem da febre. 

Professores relatam suas impressões


A coordenadora pedagógica da Escola Municipal Borges de Medeiros, Neusa Bacca Koval, relatou que os pais são recebidos na porta da escola para aumentar a segurança dos alunos. “É de extrema importância esse trabalho. Temos um cuidado muito grande aqui na escola, se uma criança relata uma queixa já afastamos e comunicamos a família. O vírus é algo que não vemos, mas está aí e não podemos brincar. Estamos fazendo o máximo para dar certo, já estamos nos preparando para a volta dos terceiros anos na semana que vem. Por isso vamos repassar a instrução para o resto da equipe, é muito simples e todos precisam saber”, avaliou. 

A equipe da Escola Reinaldo Arrosi foi uma das capacitadas na manhã desta sexta-feira (21). A coordenadora escolar, Magda Canei, disse que “nós percebemos que no pulso o resultado da temperatura era muito baixo, mas na testa era mais parecida com a temperatura correta. Eu não sabia que tinha uma distância indicada, mas procurava chegar o mais próximo possível”, disse durante o treinamento. 

O médico Joel Guardiano orientou que a melhor posição ao apontar o termômetro para a testa da pessoa é ficando ao lado dela. “Assim você tem a visão mais precisa e pode calcular cerca de dois dedos de distância da testa”. A diretora da Escola Reinaldo Arrosi, Luciane Simioni Alves, agradeceu e elogiou a didática da capacitação. “Foi super válido. Esclareceu de forma bem positiva a equipe que faz essa aferição, sanamos algumas dúvidas que estavam pendentes. Eles foram bem didáticos e muito práticos”, salientou a diretora. 

Além do médico, o Técnico em Segurança do Trabalho, João Paulo Boiko, também realizou as orientações nas escolas da rede municipal. 

Fake news


Durante as capacitações foi entregue uma nota de esclarecimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dizendo que este aparelho é inofensivo ao ser humano e que deve ser utilizado preferencialmente na região da testa. “Já recebemos várias fake news dizendo que o aparelho pode ser prejudicial à saúde humana, o que não é verdade, já que ele não emite nenhum tipo de radiação. O aparelho possui um sensor de infravermelho para o cálculo da emissão de calor. Portanto, as pessoas não tem motivos para se preocuparem”, frisou o médico. 


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