Projeto da Unioeste campus de Toledo realiza análises físico-químicas e de estabilidade térmica em óleos e extratos naturais. As análises são realizadas na Central Analítica do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química (PEQ). Dentro das análises, é verificado a presença de compostos fenólicos e antioxidantes. Estes compostos possuem estruturas orgânicas que apresentam anéis aromáticos (ligações de carbono em formato hexagonal, simples ou duplas) e hidroxilas (composto químico de oxigênio e hidrogênio – OH), que podem apresentar ação antioxidante. Como exemplo, estes compostos podem ser utilizados como aditivos a produtos alimentícios, como a carne, para retardar a oxidação (que causa perda da qualidade dos alimentos) e aumentar seu tempo de prateleira.
Além deste tipo de aplicação, pode-se avaliar a potencialidade destes extratos na indústria farmacêutica, como por exemplo se possui atividade antimicrobiana ou antidiabética. Outros testes realizados no projeto envolvem a avaliação da estabilidade oxidativa de óleos vegetais (soja, canola, algodão, amendoim, etc.) por meio de análises termogravimétricas. Nestas análises os óleos são expostos a condições severas de temperatura e acompanha-se o tempo que o óleo suporta antes de sua degradação. Para retardar esta degradação dos óleos vegetais também pode-se adicionar pequenas quantidades de extratos de plantas naturais que tenham elevado teores de compostos antioxidantes.
O objetivo deste projeto é avaliar a presença destes compostos em diferentes tipos de extratos e também a potencialidade para desenvolvimento de novos produtos.. O coordenador do projeto, o professor Edson Antônio da Silva, explica que as substâncias antioxidantes e os compostos fenólicos conseguem inibir ou reduzir a atividade oxidante dos radicais livres nas células dos seres humanos e animais.
Silva explica que este projeto surgiu em decorrência da experiência do seu grupo de Pesquisa no Programa de Pós-graduação em Engenharia Química que desde 2006 tem desenvolvido projetos de pesquisa voltados principalmente à identificação de plantas nativas brasileiras que ainda são pouco exploradas comercialmente e cujos extratos apresentem potencialidade para uso em aplicações industriais. Inicialmente os projetos foram desenvolvidos voltados principalmente para otimizar as extrações de extratos de plantas e de sementes oleaginosas. Atualmente as pesquisas também têm buscado encontrar potencial para aplicação destes extratos para obter novos produtos na indústria farmacêutica e de alimentos.
Silva também relata que o projeto foi criado buscando atender as indústrias de alimentos da região que precisem deste tipo de análises, seja para o desenvolvimento de novos produtos ou para controle de qualidade.
Fonte: Assessoria