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EMPREENDEDORISMO

Startups chilenas com foco em educação são atraídas por benefícios do Biopark

Com apoio do Biopark, startups chilenas especializadas em educação veem possibilidade de crescimento dos negócios no Brasil 
22/11/2021 - 17:16
Por Assessoria


Atraídas pelas oportunidades do mercado brasileiro e também pelos benefícios do Biopark, empresas internacionais têm desembarcado no país. Duas delas são a SIMA Robot e a Kimen Games, ambas chilenas e atuantes no mercado educacional – as chamadas Edtechs. Segundo a Associação Brasileira de Startups, 17,3% das startups brasileiras atuam nesse segmento. 

A Kimen Games usa a aprendizagem baseada em Jogos (gamificação), para estimular o desenvolvimento de habilidades do século XXI através da simulação de projetos. Depois de anos de estudo e pesquisa, a primeira versão comercial do produto foi lançada em 2020 e agora a solução da empresa já está em 30 universidades ou Institutos, tendo cerca de 4 mil usuários no Chile, Colômbia, Guatemala, Peru, Equador, Espanha e agora no Brasil. 

Com sua solução, a Kimen se propõe a treinar os principais circuitos cerebrais responsáveis pelas emoções e funções executivas, que podem ser consideradas como um conjunto de habilidades e competências necessárias para que uma pessoa execute tarefas do dia a dia. Como resultado está o desenvolvimento de funções socioemocionais como o sentido de propósito, a flexibilidade cognitiva, o pensamento crítico e reflexivo, a resolução de problemas, o gerenciamento de riscos, tomada de decisões, empatia, resiliência e a resolução de conflitos.  

De acordo com Jaime Orellana Rebolledo, especialista em gestão de projetos e fundador da empresa, o mercado brasileiro sempre foi visto como muito promissor, mas o apoio do Biopark foi fundamental para a decisão de vinda. “Decidimos vir ao Brasil porque temos as instalações e o apoio do Biopark. Teríamos ido ao México por causa da facilidade do idioma, da cultura, mas o apoio que o Biopark oferece foi decisivo. Sem esse apoio, teríamos que pagar por serviços de contabilidade, jurídico, fiscal, entre outros. Aqui, no momento o único investimento que fizemos foi na viagem de vinda”, explica Jaime que fundou a empresa ao lado da esposa Marcela.  

Hoje a empresa conta com uma equipe de dez pessoas, sendo duas atuando exclusivamente no Brasil. Já instalada no Biopark, a Kimen está com um projeto piloto testando sua solução no Programa do Zero ao Um, que ensina programação para alunos com uma faixa etária de 14 a 18 anos e é uma parceria entre Biopark e Instituto Federal do Paraná (IFPR) Campus Assis Chateaubriand. 

Outro objetivo no Brasil é trabalhar com adolescentes em escolas, para que desenvolvam competências de gestão e socioemocionais. “O principal objetivo que temos como Kimen para as escolas é que possamos conectar os estudantes à vida real, criando competências socioemocionais. A nossa ideia é prepará-los para poderem enfrentar a vida por conta própria”, frisa Cristian Guerrero, que atua na área comercial no Brasil. A empresa está com negociações avançadas para aplicar a sua solução em um colégio da Região.  

A startup SIMA Robot é responsável pelo primeiro robô sócio-educacional da América Latina. Destaque entre as 100 melhores startups educacionais da América Latina, a empresa ingressou no Biopark com foco em soluções para o ensino infantil. Usando inteligência artificial, o SIMA Robot tem uma interface humanoide e quando acoplado a um smartphone, interage e se comunica com humanos, seguindo padrões sociais de comportamento, como voz, emoção, gestos e expressão corporal, tornando-se um companheiro para o aprendizado infantil. 

“Vimos que os robôs geravam motivação e excitação nas crianças, o que era muito importante. Mas, para que toda esta tecnologia seja um instrumento educativo, tem que ser acompanhada por uma estratégia”, explica Felipe Araya, engenheiro que criou a empresa com a esposa Virginia Dias, educadora especialista em psicologia. Com a formação de uma equipe pedagógica eles desenvolveram não só um equipamento, mas também o conteúdo educacional. 

Os primeiros protótipos tiveram início em 2016 e hoje a solução da SIMA é comercializada diretamente em escolas e instituições educativas e permite que os próprios professores programem conteúdos relativos à rotina dos alunos. O robô pode ser usado para ensinar letras, números, cores e emoções para crianças em idade pré-escolar. Mas também pode ser personalizado pelos professores com seu próprio conteúdo por meio de uma plataforma fácil de usar. 

Hoje a empresa está presente no Chile, Colômbia, Argentina e Estados Unidos, somando um total de cerca de 50 escolas e 3 mil estudantes atendidos. “Por meio dessa tecnologia de robótica social, queremos que crianças do mundo possam ter um parceiro de aprendizagem que as guie e motive independentemente da sua condição. Isto é muito importante porque nem todas as crianças do mundo, especialmente na América Latina, têm o mesmo acesso a uma educação de qualidade”, acrescenta Felipe.  

A SIMA vê o mercado brasileiro como um espaço amplo. “Acreditamos que existe uma oportunidade gigantesca e com o auxílio do Biopark queremos encontrar a adaptação necessária para testar o projeto, e também estudar a fabricação do Sima Robot no Brasil em parceria com Fab Labs”, diz o fundador da empresa. 


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