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SAÚDE

Paraná inicia vacinação de crianças indígenas, com previsão de atender 3 mil nesse grupo

Incluídos entre os grupos prioritários da vacinação pediátrica, a imunização dos indígenas com idade entre 5 e 11 anos iniciou nesta terça-feira (18) em parte das 78 aldeias do Paraná, em 50 municípios diferentes
19/01/2022 - 09:34
Por AEN


Exatamente um ano após a primeira vacina contra a Covid-19 ser aplicada no Estado, crianças indígenas paranaenses começaram a ser imunizadas nesta terça-feira (18). Incluídos entre os grupos prioritários da vacinação pediátrica, que iniciou no sábado (15), a previsão é que 3.125 indígenas com idade entre 5 e 11 anos sejam vacinados no Estado, de acordo com levantamento do Ministério da Saúde. 

Da primeira remessa de 65,5 mil imunizantes que chegou na sexta-feira (14) para iniciar a vacinação infantil, a Secretaria de Estado da Saúde encaminhou às regionais 3,5 mil doses para aplicação nas crianças indígenas, incluindo a reserva técnica. Com isso, todas as crianças na faixa dos 5 aos 11 anos que vivem em 78 aldeias do Paraná, localizadas em 50 municípios diferentes, serão atendidas já nessa primeira fase. 

Até o momento, segundo levantamento prévio da Secretaria estadual da Saúde, a vacinação já foi iniciada nas aldeias de Mangueirinha, Laranjinha (Santa Amélia), Kakaneporã (Curitiba), Apucaraninha (Tamarana), Alto Pinhal (Clevelândia), Ivaí (Manoel Ribas), Faxinal (Cândido de Abreu), Queimada e Mococa (Ortigueira). Nas demais, as equipes municipais e de saúde indígena estão se organizando para aplicar ainda nesta semana.

A Superintendência Geral de Diálogo e Interação Social (Sudis) está em contato com as lideranças indígenas e também quilombolas para orientar e incentivar a imunização nessas comunidades. “Acelerar a vacinação nas comunidades tradicionais do Paraná é essencial para garantir a proteção de toda as pessoas que vive nesses locais, que podem ser mais suscetíveis a formas graves da doença. É um pacto pela saúde coletiva de todos os paranaenses”, afirma o superintendente-geral de Diálogo e Interação Social, Mauro Rockembach.

O cacique Gabriel Poty, da Terra Indígena Mangueirinha, no Sudoeste, afirma que a vacinação das crianças era uma preocupação da comunidade, que já contava com a cobertura completa das outras faixas etárias. “Não tivemos nenhum óbito em nossa comunidade, houve um trabalho preventivo muito eficiente junto com as secretarias de Saúde e as lideranças indígenas”, explica.

“Sinto que, na medida em que as crianças recebem as suas doses de vacina, estamos virando essa página terrível e assustadora pelo que passaram os povos indígenas”, afirma o cacique. “Temos muito a agradecer ao Governo do Estado, nossos parceiros, aos municípios, às secretarias municipais de Saúde e às equipes de saúde da área indígena, que atuaram muito para cumprir as metas de vacinação, que sempre fechamos em 100%. Com nossas crianças vacinadas, temos certeza que teremos um futuro mais saudável pela frente”.
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