Como em um ensaio para a vida, os estudantes fazem na escola seus primeiros amigos e lá aprendem a expressar suas idéias e a conquistarem seu espaço em um meio social. Se aproximam daqueles com quem se identificam, através das disciplinas descobrem suas áreas de afinidade profissional, e assim vão traçando suas vidas. Para a aluna Milena Letícia Piazza, que estuda na 7ª série, ser estudante é se preparar para o futuro. “Quando a gente quer alguma coisa é a escola que vai ajudar a gente, a escolher a nossa profissão, para se tornar uma engenheira ou advogada, por exemplo”, opina a garota.
Surpresa
Milena estuda no Colégio Estadual Francisco Galdino de Lima, em Toledo, e lá a direção, a equipe pedagógica, os professores e funcionários prepararam uma surpresa para homenagear os alunos. Desde o começo da semana, a equipe colocava no mural uma dica, sobre um evento importante que aconteceria no dia 11 de agosto. Por fim, os mais de duzentos alunos do colégio foram convidados a vir no período matutino e recepcionados com uma mensagem em nome de todos os educadores do colégio, seguida de uma palestra motivacional e uma apresentação musical do grupo de jovens da Igreja Evangélica Livre. Logo depois foi a hora do café da manhã e da gincana cultural e esportiva.
“Todos contribuíram para que isso pudesse acontecer, até os professores e funcionários que trabalham só a tarde vieram de manhã ajudar”, relatou a diretora auxiliar Cristiane Bozza Galvão, “Nós preparamos esta homenagem para os alunos porque a razão de estarmos aqui todos os dias são eles e nós queremos mostrar que eles são importantes nas nossas vidas”, afirmou Cristiane.
Os alunos aprovaram a iniciativa. “Eles fizeram algo diferente para os estudantes, foi legal mudar o ambiente da escola, que muitos alunos consideram chato, uma ‘prisão’”, comenta a aluna Letícia Camila Joris, “É melhor até do que não ter aula nesse dia”, brinca a aluna.
Origem
O dia do estudante foi instituído em 1927, em homenagem ao aniversário de cem anos da criação dos dois primeiros cursos de ciências: ciências jurídicas e sociais do país: um em São Paulo e o outro em Olinda, este último mais tarde transferido para Recife. Na capital paulista, o curso acabou sendo acolhido pelo Convento São Francisco, um edifício de taipa construído por volta do século XVII. As primeiras turmas formadas continham apenas 40 alunos. De lá para cá, nove Presidentes da República e outros inúmeros escritores, poetas e artistas já passaram pela escola do Largo São Francisco, incorporada à USP em 1934.
Da Assessoria
