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Resultado de pesquisa sobre a cadeia produtiva orgânica será discutido em Seminário, nesta sexta

Um mapeamento da cadeia orgânica, por meio do Centro Mesorregional de Difusão Tecnológica do Oeste do Paraná (CEMDITEC), foi realizado nas regiões Sudoeste e Noroeste, tendo como foco o Oeste. Os pesquisadores fizeram um levantamento nos Municípios de quantos produtores de orgânicos estão em atividade; qual é o tipo de assistência e apoio eles contam; o número de associações, cooperativas, feiras livres a disposição da produção orgânica. O objetivo é diagnosticar os gargalos e potencias da cadeia na região. Os resultados da pesquisa serão debatidos, nesta sexta-feira (12), no I Seminário sobre Alimentos Orgânicos de Toledo.

11/08/2011 - 18:43


O vice-presidente do Instituto Água Viva (IAV), Arlindo Fabrício Corrêia, observa que os resultados da pesquisa são melhores nas cidades em que há uma assistência técnica fortalecida. “Há uma falta de motivação entre os agricultores para produzirem orgânicos. A burocracia para a certificação, a dificuldade ou a falta de acesso as técnicas de produção ou de manejo, problemas na colheita e aquisição de sementes ou suplementação de produtos são fatores que levam o produtor desistir ou não ingressarem neste tipo de produção”.

Corrêia destacou que o maior problema enfrentado pelos produtores ainda é a comercialização. “Há demanda dos consumidores e uma propaganda positiva, porém os produtores ainda não estão fortalecidos no campo. Em alguns casos específicos eles se mantêm fortes e diversificam as culturas, mas outros ingressam nesta cadeia pensando só no viés econômico, encontram as dificuldades e optam por voltar para a produção convencional”.

Corrêia relatou que o produto orgânico mais cultivado é hortaliça, seguido por leite, pães, embutidos e frutas. O vice-presidente lembrou que o principal problema é manter a produção para criar o vínculo de comercialização.

Pesquisa

Buscando identificar os consumidores de produtos orgânicos e quantificar os possíveis potenciais de consumo e locais de comercialização no município de Toledo, o Instituto Água Viva (IAV) em parceria com o Grupo de Estudos de Manejo na Aquicultura (GEMAq), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo, e demais entidades, realizaram a "Pesquisa de Mercado: Perfil de Consumidores Orgânicos do Município de Toledo". Ela foi realizada em mercados e nas feiras da cidade.

De acordo com Corrêia, durante o trabalho a campo os produtores comentaram com a equipe que não sabem o que os consumidores pensam sobre os produtos orgânicos, ou seja, se a população compra, qual a melhor forma de oferecer os produtos, entre outras questões. Por isso, foi realizada esta pesquisa em Toledo. Os resultados ainda estão sendo tabulados, mas alguns dados mostram que as pessoas consomem o produto orgânico mesmo sendo um pouco mais caro, porém reconhecem que é um produto mais saudável para a família. “Outro fator é que na exposição no mercado ou feira não há variedade de produtos, mas os consumidores não possuem dificuldades de encontrá-los. Alguns relataram que teriam o hábito de comprar se fosse aberto um local próprio para esta produção”

Alimentos

O vice-presidente do Instituto Água Viva (IAV), Arlindo Fabrício Corrêia, explicou que um dos focos para a pesquisa foi a produção orgânica animal, considerado um tema de estudo novo no meio acadêmico cientifico. Conforme Corrêia, os pesquisadores desenvolveram rações orgânicas específicas para suínos, bovino de leite, aves e peixes.

Seminário

Nesta sexta-feira (12), às 9h, é realizado o I Seminário sobre Alimentos Orgânicos de Toledo, no Centro Cultural Ondy Hélio Niederauer. O objetivo é apresentar os resultados das pesquisas do CEMDITEC, debater assuntos como certificação, mercado local e institucional através dos Programas de Governo e as perspectivas futuras para a cadeia. A expectativa de público é de 250 pessoas entre técnicos, estudantes, produtores rurais e comunidade em geral. As inscrições são realizadas no local do evento a partir das 8h.

 

Entrevista Selma Becker

Texto Graciela Souza

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