Um processo que em seis meses pode transformar uma ideia em um negócio, com clientes e faturamento. Esse é o objetivo da Incubadora do Biopark, que no dia 03 de março teve o encerramento do seu segundo Ciclo, graduando sete empresas.
A incubação durou seis meses e para atingir a graduação, as empresas incubadas precisavam ter um produto ou serviço sendo comercializado, com clientes e pelo menos já com a primeira venda realizada.
Para atingir esse objetivo os empreendedores passaram por uma imersão e acesso à diversos benefícios, entre eles, aporte financeiro de R$ 12 mil, mentorias especializadas em diversas áreas, e acesso a todo um ecossistema de inovação que traz networking com outras empresas, oferece infraestrutura física gratuita, como coworking, laboratórios e salas, de acordo com a necessidade. Além disso, as empresas contaram com o suporte do mentor-padrinho, profissional experiente em sua área de atuação que acompanhou cada empreendedor durante todo o período, e também participaram de trilhas de formação realizadas em parceria com o Sebrae.
Agora, as empresas graduadas iniciam uma nova etapa, o ingresso no Programa de Residência do Parque, onde continuarão contando com uma série de benefícios que as ajudará a impulsionar ainda mais o negócio.
“Foram seis meses que vão refletir muito na vida desses empreendedores. Depois desse período o que percebemos é uma maturidade empreendedora muito maior, o que dentro do Programa de Incubação é muito mais importante do que um alto faturamento. Mesmo que as empresas não ingressem no programa de residência ou não graduem agora, queremos continuar com elas em nosso Ecossistema, pois acreditamos que o fato de estarem no Biopark contribuirá muito com o crescimento delas”, comentou o Diretor de Negócios do Parque, Paulo Victor Almeida.
Entre as graduadas está a ExportControl, que desenvolveu um software para ajudar as empresas a ter controle de comprovação fiscal e tributária das operações de exportação. Durante jornada de Incubação a empresa conseguiu três clientes, seis empresas com interesse no produto e uma em fase de testes.
“Nossa visão é continuar usufruindo dos recursos disponibilizados pelo Biopark, como cursos, ambiente de ecossistema, networking, entre outros. Entendo que deste modo estaremos sempre antenados às mudanças, consumindo novidades, evitando a zona de conforto, promovendo a continuidade da empresa no longo prazo”, explica Jean Toledo, CEO e Fundador da Export Control.
Outra empresa graduada é a Bley Bioenergia, que atua com processos de produção de Biogás e aproveitamento energético dos seus derivados. “O Biopark é a terceira incubação que faço com a minha empresa e esse foi o ciclo que mais produziu efeitos sobre o negócio. Saio da incubação agregando um protagonismo muito mais abrangente em assistência técnica pré e pós venda, como agente de crédito específico para bioenergia e ainda com um processo de produção inédito no Brasil, a rota Seca para biodigestão de cama de aviários. Atribuo isso ao "Efeito Biopark" - estamos em um ambiente onde é impossível não ser estimulado a inovar”, comenta Cicero Bley Jr, Fundador e CEO da empresa.
Ao todo, 13 empresas participaram da Incubação, sendo que as seis que não obtiveram a graduação nesse momento irão participar de mais um Ciclo, focando no eixo necessário para atingir a graduação, como por exemplo, eixo capital, que é o caso da Simplecê, que mesmo não atingindo a graduação, destaca os avanços que teve durante a Incubação.
“Eu cheguei no Biopark apenas com uma ideia e após os seis meses de incubação a minha ideia se transformou em um produto que hoje já está em validação e em teste de estabilidade. Além das mentorias e das trilhas do Sebrae, eu tive acesso aos laboratórios do Biopark, que têm equipamentos muito bons e que me ajudaram a desenvolver esse produto. Eu sou da área técnica, mas a parte de gestão de uma empresa eu não tinha conhecimento e com as mentorias eu consegui aprender muita coisa que hoje faz a diferença para o meu negócio”, explica a empreendedora Chaiane Rech.
O produto da Simplecê é um shampoo em folha idealizado para ser mais prático de ser transportando e que utiliza conceitos mais sustentáveis, como uma quantidade menor de água em sua formulação. Também por meio da incubação, a empresa conseguiu a parceria com uma empresa residente que irá auxiliar na produção do Shampoo.
Um novo Ciclo de Incubação terá início em abril de 2022. No site www.biopark.com.br/incubadora estão disponíveis mais informações sobre como funciona o Programa.
Apresentação de estudo sobre Parques Tecnológicos
Ainda no encerramento do Ciclo de Incubação, foi realizada a palestra “A evolução dos Parques Tecnológicos no Brasil”, conduzida por Adriana Ferreira de Faria, Diretora Executiva do Parque Tecnológico de Viçosa – TecnoPARQ, Presidente da Rede Mineira de Inovação e Coordenadora do estudo InovaData Brasil.
O estudo, que teve início em 2016 e foi lançado em 2021, auxilia a entender a dinâmica do desenvolvimento e a importância dos Parques Tecnológicos e de ambientes de inovação para o desenvolvimento de empresas e negócios.
A pesquisa InovaData mostra que hoje há 55 parques em operação no Brasil, onde estão concentradas mais de 2 mil empresas de base tecnológica, que geram mais de 40 mil empregos e em 2019 tiveram um faturamento de 3,76 bilhões de reais, o que demonstra os Parques como instrumentos de desenvolvimento econômico.
“Tem estudos que mostram que a chance de fracasso de uma empresa ou startup que não está em um ambiente de inovação é 2,4 vezes maior do que as empresas que tem a possibilidade de receber apoio de uma incubadora ou de um Parque Tecnológico, de um ambiente de inovação”, comentou Adriana. A pesquisa completa está disponível no site www.inovadatabr.com.br.
