O objetivo é chamar a atenção com relação aos valores da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) e a situação financeira dos hospitais filantrópicos. Sem reajuste, os hospitais temem por mais dificuldades financeiras. “O hospital é referência para toda região, principalmente em alta complexidade. Temos muitos pacientes que demandam do atendimento da nossa instituição, e portanto, chamamos a atenção sobre essa dificuldade financeira com relação ao pagamento SUS. Precisamos do reajuste para manter o atendimento da melhor forma possível na instituição”, avalia a superintendente da Hoesp, Zulnei Bordin.
A Hoesp faz parte dos 147 hospitais filantrópicos no Paraná, possui 215 leitos, sendo mais de 60% destinado para atendimento ao SUS. Atualmente o hospital tem um déficit anual de mais de R$ 13 milhões devido à falta de reajuste da tabela SUS. A preocupação é ainda maior com a aprovação da PL 2564/2020 que institui o piso salarial dos profissionais de Enfermagem. Com isso, o déficit pode chegar a R$ 19 milhões. “Somos favoráveis à aprovação do projeto e valorização da categoria, e, portanto, precisamos de aporte financeiro para que não haja atraso ou prejuízos na instituição com o aumento destes salários”, explica Zulnei.
Todas as cirurgias eletivas serão reagendadas, sem causar prejuízos aos pacientes. Os atendimentos urgentes e emergentes continuam sendo realizados normalmente no hospital.