Com a filha Victória no colo, Renata Nunes Silva Sanchez aprova a medida. “Vai facilitar a vida de muitas colegas com criança pequena, principalmente nas noites frias. Nem todas têm a sorte de ter um ponto quase em frente de casa”, avalia a funcionária da empresa farmacêutica. A novidade, que somente vale para as pessoas do sexo feminino e após as 22h, também recebeu o apoio dos homens. “A gente percebe no dia-a-dia as dificuldades que elas enfrentam, por isso acho uma ideia legal”, elogia o jovem Mauro, de 25 anos, que trabalha há dois anos na Pratti.
Além do conforto, o fator segurança também é destacado pelas novas beneficiárias e por quem atua no transporte urbano da cidade. “Nas linhas da Sadia, já tivemos passageiras se queixando de homens que as perseguiam perto da esquina de casa, porém, nunca soube de assaltos ou outras violências”, recorda o fiscal Aurélio Dias de Meira, ponderando sobre as mudanças que ocorrerão no trabalho devido à legislação. “Vamos nos adaptar, principalmente quanto ao tempo da viagem, que deverá aumentar em virtude de mais paradas, mas iremos cumprir a nova determinação”.
A inspiração para a elaboração desta lei veio de Toronto, no Canadá. “Quando soube dela, percebi que poderia ser de grande utilidade para as mulheres de nosso município”, explica o prefeito José Carlos Schiavinato, enfatizando que a iniciativa também se aplica aos finais de semana. “Estamos aqui para ver se vai funcionar. Elas vão ter preferência e não devem se acanhar na hora de solicitar a parada, mesmo que fora do ponto”. Ainda tímida, Lourdes da Lima Silva fez valer, pela primeira vez, o novo direito, ao descer no Jardim Panorama. Na despedida aos ilustres passageiros, acena com um sinal de positivo.
Da Assessoria - Toledo