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GERAL

Os fumaceiros da FAB rasgaram o céu azul de Toledo

O tempo estava favorável; os alunos foram dispensados mais cedo e o expediente de muitas empresas ainda não tinha encerrado, mas os funcionários pararam por alguns minutos. A razão: os fumaceiros da Força Aérea Brasileira. Os habilidosos pilotos rasgaram o céu azul de Toledo e arrancaram aplausos da sua gente. A população se reuniu no Parque Ecológico Diva Paim Barth para assistir um show com 55 acrobacias aéreas de alta performance, incluindo o voo de dorso, especialidade da equipe fumaceira.

26/08/2011 - 18:04


O capitão Álvaro Escobar Veríssimo - em entrevista coletiva a imprensa pela manhã – adiantou que durante a apresentação não faltaria adrenalina, profissionalismo, segurança na apresentação e uma sequência de manobras para surpreender a população. E realmente, surpreendeu. Os pilotos da Força Aérea Brasileira habilidosamente fizeram manobras de tirar o fôlego dos toledanos que durante a apresentação não tiraram os olhos do céu.
Anualmente, a Esquadrilha da Fumaça realiza mais de mil apresentações em torno de 100 municípios do Brasil e do exterior. Em Toledo, conforme o capitão, a agenda foi reestruturada para contemplar o Município.
O capitão revela a emoção em cada cidade que a Esquadrilha da Fumaça passa “A apresentação sempre é ‘recheada’ de amizade. Sempre somos muito bem recebidos. A Esquadrilha é muita querida pela população, principalmente pelas crianças. Elas nos recebem como heróis”.
Apresentação
O aviador comentou que os fumaceiros evitam a velocidade no ar – chegam em torno de 350 a 400 Km/h – devido a capacidade da aeronave e para favorecer as manobras, pois em um ambiente menor é possível entreter melhor o público. “Durante a apresentação adrenalina sobe, mas é preciso manter a atenção e estar concentrado, lá em cima o que prevalece é a técnica”.
Sonho de voar
Para integrar na Esquadrilha da Fumaça, o interessado deve integrar a Força Aérea Brasileira (FAB), ser aprovado no Conselho de Admissão, e, principalmente, ter uma bagagem razoável de vôo em formação antes do treinamento na Esquadrilha, que varia de 4 a 6 meses. Segundo o capitão, este período é necessário para ao voo invertido – de cabeça para baixo - em formação, com cerca de dois metros de distância entre uma aeronave e outra, além de adaptação ao display de vôo de demonstração na sua posição específica. “O piloto somente pode candidatar-se à componente da Esquadrilha depois de passar por um mínimo de 1.500 horas de vôo como instrutor”.
Os fumaceiros da FAB
Dos 63 integrantes da Esquadrilha da Fumaça, 13 são pilotos, 3 oficiais de apoio, 28 graduados e os demais são cabos e soldados. No grupo são quatro mulheres, porém nenhuma voa. “É um caminho que não é escolhido por todos. Atualmente, há uma instrutora de vôo e ela não atingiu as marcas para colocar o nome no Conselho de Admissão. No próximo ano, outra mulher vai ser instrutora. É um caminho natural e acredito que em breve teremos mulheres pilotando”.

Veja vídeo

Por Selma Becker e Graciela Souza

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