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GERAL

Trabalhadores da EMDUR firmam acordo e voltam ao trabalho

Os trabalhadores da EMDUR paralisados desde quinta-feira (1) suspenderam o protesto na manhã desta sexta-feira (2), após negociação com a direção da empresa e departamento jurídico. O acordo firmado previa o retorno dos trabalhadores a suas atividades e o compromisso da Empresa em enviar o Projeto de Lei que regulamenta o Plano de Cargos e Salários (PCS) para a Câmara de Vereadores, ainda nesta sexta-feira e a revisão da transferência do trabalhador que tinha participado do protesto, na quinta-feira. O vereador Adriano Remonti (PT) acompanhou os trabalhadores durante a negociação.

02/09/2011 - 17:52


No início da manhã desta sexta-feira os trabalhadores reuniram-se mais uma vez no pátio da EMDUR, o objetivo era garantir a reversão da transferência do colega que ocorreu logo após o protesto e avançar no diálogo com a direção da Empresa que aconteceu por volta das 8h30.

Num primeiro momento, o departamento jurídico explicou aos trabalhadores que o PCS já tinha sido enviado para o departamento jurídico da Prefeitura para que o mesmo elaborasse o Projeto de Lei e encaminhasse a Câmara de Vereadores o que deveria ocorrer ainda nesta sexta-feira. Após aprovado pela aquela Casa e sancionado pelo prefeito municipal, José Carlos Schiavinato a EMDUR teria o prazo de 90 dias para implementar o PCS.

Os trabalhadores cobraram agilidade, uma vez que alguns declararam que o prefeito Schiavinato teria assumido o compromisso de que os salários seriam adequados conforme o PCS, ainda em agosto. A empresa argumentou que o prefeito pode ter “se confundido”, uma vez que o Projeto de Lei ainda não tinha tramitado na Câmara e este deve levar de 15 a 21 dias, no mínimo até superado todas as etapas para aprovação.

A diretora financeira da EMDUR, Irene da Silva lembra que no final do ano passado foi contratada empresa para fazer o estudo sobre o PCS. “Em julho fechamos o acordo coletivo que vinculava parte dele com o Plano de Cargos e Salários. Depois disso é a parte técnica, que é uma demora normal. Fizemos os acertos necessários e foi para o jurídico da prefeitura e ontem (quinta-feira) fechamos. Hoje segue para a Câmara e vai fazer a tramitação normal. O prefeito pediu para ser em sessão extraordinária, mas eu conversei com alguns vereadores e eles entendem que o projeto é complexo, por isso não pode ser extraordinária”.

Irene afirmou que no acordo firmado com o Sindicato, após a aprovação na Câmara de Vereadores, a empresa tem um prazo de 90 dias para implantação do Plano. “Acordamos aqui que, quando sair a aprovação na Câmara de Vereadores nós vamos voltar a conversar para definir prazos, mas no máximo deverá estar tudo implantado em 90 dias que é o prazo acordado, mas acredito que no máximo em 60 dias nós consigamos fazer”.

A questão da insalubridade que era outra reivindicação dos trabalhadores, a diretora afirma que depende dos laudos técnicos. “Todos os anos são renovados os laudos. Não sei precisar uma data para ficarem prontos”.

Depois do início do protesto dos trabalhadores, no final da tarde de quinta-feira, um dos trabalhadores foi comunicado que estava sendo transferido para trabalhar no cemitério Jardim da Saudade. Os mesmos entenderam que o ato foi uma retaliação ao movimento. A empresa assumiu reverter a transferência. “Provavelmente ele vai para outro setor, mas não para o que ele não queira ir (cemitério) e até ser definido o novo local ele se mantém no mesmo setor que estava”.

O vereador Adriano Remonti que acompanhou o protesto dos trabalhadores e as negociações disse que o que depender dos vereadores o Projeto de Lei vai tramitar o mais breve possível. “Acredito que, se de fato o PL entrar hoje na Casa, poderemos fazer, pelo menos a leitura na próxima segunda-feira (5), em sessão ordinária. Depois deve passar pelas comissões para depois seguir para o Plenário. Temos consciência da situação dos trabalhadores da EMDUR e faremos o possível para que tramite o mais rápido possível para que o prefeito possa sancionar a Lei, para que este Plano de Cargos e Salários seja implantado”.

 

Por Selma Becker

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