O secretário Jonel Iurk disse que o programa é um modelo para o País. O projeto opera a partir de um sistema que compreende cinco fases: treinamento dos funcionários envolvidos no processo, atividades de educação ambiental para conscientizar os agricultores, controle das embalagens devolvidas, fiscalização dos produtores rurais quanto à devolução dos recipientes e pesquisas com os dados do programa.
Desse modo, o Estado diminui o descarte incorreto dos frascos de agrotóxicos e o risco de dano ambiental e à saúde pública. “Asseguramos o recolhimento e destinação adequada de 98% das embalagens, obtendo um dos melhores resultados a nível nacional. Isso contribui para a preservação das águas, dos solos e melhoria da qualidade de vida da população”, afirma o presidente do AguasParaná, Márcio Nunes.
Atualmente, o Paraná conta com 75 pontos de recebimento, com destaque para as centrais do Oeste, que processam o maior volume de materiais.
De acordo com o presidente do Inpev, João Cesar Rando, as embalagens são recolhidas pelo sistema de logística reversa. “Temos 17 associações de revendedores de agrotóxicos cadastradas e responsáveis por transportar o material devolvido para os locais de destinação adequada”, explica. No Paraná, estima-se que 280 mil agricultores utilizem agrotóxicos em suas plantações.Pelo acordo, a UFPR ficará responsável por capacitar os professores e alunos envolvidos no programa. Até agora 6 mil pessoas já receberam o treinamento.
O reitor da universidade, Zaki Akel Júnior, salientou a importância do trabalho em conjunto entre estado, sociedade e instituições educacionais. “O governo Beto Richa tem se mostrado muito aberto ao diálogo e à cooperação. A UFPR está à disposição do Estado para atuar em equipe”, disse.
O chefe do Departamento de Resíduos Sólidos Rurais do AguasParaná, Rui Leão Mueller, disse que a eficiência do processo depende da participação dos produtores rurais.
“O agricultor tem um papel fundamental. Ele deve fazer a tríplice lavagem dos frascos, perfurar o fundo para evitar sua reutilização, acondicioná-lo de modo correto e devolvê-lo no ponto de venda dentro da data estabelecida”, esclarece.
Após a assinatura do termo, o AguasParaná entregou aos representantes das instituições que participaram da solenidade um relatório com os dados levantados pelo programa até agora. Segundo Mueller, além de oferecer um panorama do projeto, o documento também pode auxiliar a detectar problemas quanto ao recebimento dos recipientes vazios.
As embalagens devolvidas são recicladas e reaproveitadas para a fabricação de materiais como tubos para canalização de esgoto, eletrodutos (conduites) para construção, bombonas plásticas para incineração, entre outros.
O acordo vem ao encontro das diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que prevê que estados e municípios façam a destinação correta do lixo.
Da Ae Notícias
GERAL
Acordo garante continuidade de programa que recolhe embalagens de agrotóxicos
Uma parceria vai garantir a continuidade do Programa de Recolhimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos que, ano passado, recebeu 12 milhões de recipientes – o equivalente a mais de 5 mil toneladas de plástico. Para isso, foi assinado na terça-feira (6) um convênio entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, o Instituto das Águas do Paraná (AguasParaná), o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).
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