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OPINIÃO

Qual será meu valor?

Meu valor é resgatar o humano que se perde em um mundo individualista. Até arrisco dizer, em uma administração individualista, com características despóticas, que parece priorizar o poder de um, dando pouca importância para valores éticos e morais, desdenhando dos interesses de uma categoria. Meu valor está em trabalhar o que parece estar esquecido e relegado a um segundo plano, por alguém que faz esta cidade progredir no cimento, mas que se esquece que a evolução de um povo está muito além disso.

07/09/2011 - 14:09


Meu valor está em arriscar fazer com que meus estudantes se conscientizem do que os rodeia, investigando, questionando, levando-os à dúvida, à inquietação, à contestação, ao questionamento, isto é, arriscá-los na busca de ser gente de verdade. Meu valor está em pensar o papel nobre do educador, pois como diz Gabriel Chalita: “Os Educadores-sonhadores jamais desistem de suas sementes, mesmo que não germinem no tempo certo... Mesmo que pareçam frágeis frente às intempéries... Mesmo que não sejam viçosas e que não exalem o perfume que se espera delas. O espírito de um mestre nunca se deixa abater pelas dificuldades. Ao contrário, esses educadores entendem experiências difíceis como desafios a serem vencidos.” E nós professores da rede municipal de educação ao longo do tempo demonstramos, por inúmeras vezes, o quanto somos compromissados com a nossa função de educar, de lapidar diamantes, de sermos extremamente embebecidos por esta profissão que escolhemos. Mas, no entanto, novamente tentam nos tirar do chão, sem sucesso claro, porque somos fortes e não será qualquer ato “imperativo”, que nos fará esmorecer. Já tivemos muitos fatos de lutas, principalmente 23 dias nos quais fomos inquilinos da prefeitura. Hoje, nas circunstâncias em que nos encontramos, perguntamos? Que valor temos para esta administração? Ou melhor, para todos os políticos, pois todos sobem nos palanques, enchendo nossos corações de esperança, falando: “Neste novo mandato, as prioridades serão educação e saúde!” Cadê o discurso? Melhor, cadê a atitude? Será que é tão difícil falar e se comprometer? Meu valor também está em pedir, exigir, fazer cumprir o que nos é de direito: salários, condições de trabalho, espaços com qualidade, material com qualidade, tecnologia com qualidade, capacitação com qualidade, escola com qualidade e não só um reboco disfarçado. Meu valor está em dizer chega... Chega ao descaso, aos decretos absurdos, sem questionamentos e sem consulta. Quero participar, quero fazer parte do processo político desta cidade onde nasci e escolhi para semear meus ideais, meus sonhos, minhas vontades. Cito novamente Chalita, só para desenhar o que logo acontecerá: o adeus ao trono... Mas as marcas ficarão... Talvez mais ruins do que boas... É isso que é nosso objetivo existencial? "Ora a chuva poetiza a vida, ora o sol, às vezes brincam de chegar juntos. Às vezes trazem o arco-íris para completar o espetáculo. E vão embora. E ficam em nós". Com muita tristeza e “Cristo no coração” Professora alfabetizadora já há 25 anos nesta cidade Silvana Martines

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