De acordo com o delegado sindical de Toledo e região, Júlio Ricardo Corrêa, há um processo de sucateamento da empresa. “No ano passado não teve contratação, falta de pessoal, equipamentos, bicicletas, moto e ainda não temos nem um local para os carteiros ficarem”.
A falta de pessoal tem dificultado o trabalho e sobrecarrego os profissionais. “Acaba se tornando uma bola de neve. Um sai de atestado o outro tem que cobrir, logo ele pode se machucar ou adoecer mais rápido”.
Corrêa reclama da falta de equipamentos de Proteção, e afirma que o protetor solar oferecido é de baixa qualidade.
Na questão salarial o delegado sindical conta que o salário base recebido por um carteiro é R$ 807, segundo ele, é o menor salário a nível federal. “Queremos pelo menos 24% que seriam as perdas relativas de 1994 a 2010. Há dez anos um carteiro ganhava cinco salários mínimos, hoje não ganha dois. São perdas que vão acontecendo”.
Segundo Corrêa a empresa ofereceu na segunda-feira (12), 6,87% relativo ao IPCA, de janeiro a junho. “O índice em agosto foi para 7,23% quer dizer nem isso não cobre. Fizeram uma contraposta na hora e não foi aprovada. Ofereceram R$ 50 de aumento. Não tem condições de trabalho e ainda ganhamos mal. Nós tentamos não fazer a greve, para não prejudicar a população”.
Os Correios estão aceitando a postagem, mas com a adesão em especial dos carteiros não há a distribuição, alerta Correio.
A greve segue por tempo indeterminado. Em nota oficial a empresa afirma que a proposta feita pela empresa na segunda-feira (12), que representa um aumento salarial final de 13% para 64.427 empregados, ou seja, 60,14% do efetivo total da empresa. Com o início da paralisação, a proposta foi retirada.