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GERAL

Médicos deixaram de atender planos, nesta terça e prometem descredenciamento

Dando continuidade ao Movimento realizado no dia 7 de abril, os médicos, nesta quarta-feira (21), suspenderam o atendimento aos planos de saúde. Em Toledo, os profissionais aderiram ao Movimento Nacional da classe. Hoje a paralisação foi na rede privada, mas os médicos prometem que no dia 21 de outubro paralisam o atendimento ao SUS. Os profissionais reivindicam a recuperação das perdas nos honorários que segundo eles, a defasagem para a categoria é de 92%, nos planos de saúde. Já, pelo SUS, o presidente da Associação Médica de Toledo (AMT), Cláudio Hayashi, considera uma calamidade pública, pois a consulta varia entre R$ 2 a R$ 10.

21/09/2011 - 15:36


Segundo a AMT as operadoras não têm repassado o reajuste dos planos para os honorários médicos. Após a paralisação do dia 7 de abril, algumas empresas ainda não negociaram os honorários médicos ou apresentaram propostas com valores irrisórios para consultas e demais procedimento. Em entrevista a Agência Brasil, o presidente da Associação Médica Paranaense (AMP), João Carlos Baracho, disse que em 2007, a média nacional por consulta era R$ 37. Este ano, está em R$ 40. No caso do Paraná, o ideal seria um honorário entre R$ 80 e R$ 100 e atualmente os planos pagam entre R$ 42 e R$ 45.

As empresas de planos de saúde de Toledo, segundo o presidente da AMT, Cláudio Hayashi, procuraram a categoria para dialogar, porém nenhuma proposta concreta foi apresentada aos profissionais e, até a data de hoje, não havia sido realizada nenhum tipo de acordo. Hayashi até lembrou que alguns Estados conseguiram um tipo de acerto com as empresas, como Amazonas, Rio Grande do Norte e parte do Rio Grande do Sul e São Paulo. “Os médicos realizaram várias reuniões com a empresa de Toledo. Eles nos apresentaram uma planilha com a sugestão de valores, mas não houve acordo. As empresas estão fazendo um estudo e vão apresentar uma proposta na Assembleia Geral em outubro”.

O presidente da Associação Médica de Toledo explicou que são os exames complementares que aumentam o custo dos planos médicos. “Os médicos não têm culpa se estão surgindo novos exames, isso é problema dos gestores. O problema é que o valor da consulta médica ficou muito defasada. Os profissionais estão na expectativa. Nós não estamos solicitando um aumento, mas sim, o valor atualizado do que recebíamos há dez anos. O valor da consulta de R$ 60 nada mais é do que o valor atualizado”.

Descredenciamento

Em entrevista a Agência Brasil, o presidente da AMP, João Carlos Baracho, destacou que, nos últimos seis meses, cerca de 2 mil médicos se descredenciaram de um ou mais planos devido à defasagem dos valores pagos. Em Toledo, Hayashi afirmou que se não houver acordo, a primeira atitude dos médicos será o descredenciamento perante o órgão gestor de saúde. “Nós daremos continuidade ao atendimento aos pacientes, mas eles vão procurar o médico e receberão um recibo para serem ressarcidos nos órgãos gestores”.

Segundo a Associação Médica do Paraná (AMP), o descredenciamento é um direito individual do médico.

Especialidades

A 2ª Promotoria de Justiça convocou uma reunião administrativa para esta sexta-feira (23), às 14h e 16h, para tratar do melhoramento dos plantões na área de pediatria no Município e do credenciamento de procedimentos de alta complexidade em neurologia, para atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde, no âmbito da 20ª Regional de Saúde, respectivamente.

O presidente da Associação Médica de Toledo comentou que por enquanto a Promotoria está discutindo com estas duas especialidades, mas os serviços de anestesia, cirurgias, ortopedias também são complicados. “Há uma pressão nos médicos para realizarem os atendimentos, os quais são obrigados a atender à valores baixos e em qualquer hora do dia ou da noite. Nós ficamos de plantão sem receber nada. Eu acho justo que os neurocirurgiões ou pediatras recebam pelo plantão. Se eles estão a disposição, alguém deve pagar. Este alguém acho que é o Município. Existe um plantão no Mini Hospital e os profissionais recebem por ele. Os médicos ficam a disposição 24h e não recebemos nada. Isso precisa ser corrigido. Vamos atender os pacientes dos Municípios da nossa região sem remuneração. É fácil colocar o serviço para nós, mas quem vai pagar este serviço?”.

Reportagem Selma Becker

Texto Graciela Souza

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