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EDUCAÇÃO

Estudantes de Toledo estão na final da Olimpíada Nacional de História

O museu exploratório da Unicamp promove a 3ª Olimpíada Nacional em História do Brasil. Das mais de 16 mil equipes que concorreram apenas 300 serão finalistas, destas duas equipes toledanas do ensino médio da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. A professora orientadora das equipes, Zenaide Gatti promete muito estudo, nesta reta final. Ela e os alunos das equipes classificadas Farro Trio e Trio Vacinado viajam no próximo dia 13 para o Município da Campinas (SP), para a última etapa da Olimpíada. O desafio até lá é estudar muito, mas também garantir recursos para financiar a viagem dos finalistas.

29/09/2011 - 16:33


A Olimpíada traz o desafio de estudar a história do Brasil por meio de textos, documentos, imagens e mapas, ao longo de questões de múltipla escolha e da realização de tarefas. São 5 fases online e uma fase final, presencial, que ocorrerá na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Até o momento, das 300 equipes convocadas para a Grande Final, 293 confirmaram a participação, abrindo 7 vagas para as equipes em lista de espera.

A professora Zenaide disse que participa da Olimpíada com os seus alunos desde a segunda edição. Neste ano, ela inscreveu quatro equipes, sendo que cada equipe é formada por três componentes, os quais são coordenados por uma professora. Ela lembrou que uma das equipes desistiu na quinta fase, pois não conseguiu cumprir a tarefa no tempo e outra equipe devido a concorrência na pontuação desta vez não foi classificada para a final. “As cinco primeiras etapas foram on-line com questões de

multi escolha. Eram quatro opções, sendo uma errada e três corretas, porém a equipe deveria optar pela mais correta. As primeiras etapas eram dez perguntas e nas últimas 15 questões acompanhadas de tarefas. A fase classificatória tinha 15 questões e mais a elaboração de um jornal chamado a Gazeta do Historiador”.

Zenaide explicou que a Gazeta consistia em um trabalho de campo prático e o aluno deveria aplicar os conhecimentos e produzi-lo sem a orientação do professor. “Era uma pesquisa de memória. Os alunos deveriam entrevistar uma pessoa que tivesse exercido a profissão de sapateiro, ferreiro, doceira e trazer a memória destas pessoas de como era a situação de trabalho em seu tempo. A segunda parte era fotografar os equipamentos de um estabelecimento”.

A equipe Trio Vacinado retratou a história de um moleiro em São Pedro do Iguaçu. Já, a Farro Trio lembrou do Mionho de Toledo.

O integrante da equipe Farro Trio, Renan Kuntz, contou que aceitou participar da Olimpíada para adquirir mais conhecimento, pois o que é tratado na Olimpíada não é visto na escola. “Fiz leituras de documentos, como cartas, mapas, imagens, textos. A Olimpíada despertou o meu pensamento crítico, porque passei a analisar melhor as situações”. Kuntz falou que está lendo várias vezes o texto. Para ele, ao ler a pessoa consegue perceber detalhes diferentes a cada nova leitura. “Nos reunimos a noite ou nos finais de semana”.

Para o integrante da equipe Trio Vacinado, Rogério Midding, participar da Olimpíada foi um desafio, pois o tempo para responder as questões era pequeno e a rotina escolar exige muito dos estudantes. “Foi complicado combinar os horários, mas ainda assim nós conseguimos”.

Rogério conta com satisfação que hoje eles são motivo de orgulho entre os colegas. Além da ampliação do conhecimento. “Aprendemos muito além do que vemos na escola e isso despertou um interesse a mais pela história, porque a Olímpiada trata da história do Brasil”.

 

 

 

 

 

 

A última etapa da Olimpíada, as equipes devem ler o capítulo dois do livro Sobrados e Mucambos de Gilberto Freyre. A obra é um clássico dentro da história, sociologia e antropologia. Para esta etapa, a professora Zenaide comentou que os estudos foram intensificados. “Antes estudávamos até cinco horas por semana em grupo. Agora, recomendei aos alunos que lessem várias vezes o capítulo. A final em Campinas constitui de uma prova dissertativa, na qual a equipe vai trabalhar em conjunto com base na obra indicada, mas segundo eles não somente, mas a principal é a obra”.

Para a professora ter uma boa classificação é tão importante quanto os alunos terem chegando até esta fase. “A Unicamp não está preocupada em fazer um ranking. A ideia é realmente provocar a pesquisa, o estudo e o interesse. Ninguém ganha prêmio em dinheiro ou troféu, no máximo uma medalha, mas isto é um feito porque significa debruçar sobre a leitura para um ensino médio que é mais significativo”.

Recursos

Como a UTFPR é uma instituição federal para a instituição auxiliar com recursos financeiros é preciso elaborar um edital para ser aprovado ou não o repasse de recursos. No entanto, de acordo com Zenaide, não há tempo hábil. Então, ela solicita a colaboração de qualquer pessoa. “Nós realmente precisamos do apoio. Afinal de contas é o nome de Toledo no Brasil. Em campanhas gerais todos falam da importância da educação estamos esperando que neste momento realmente a gente receba o respaldo e que o discurso e a prática caminhem junto de que realmente a educação é importante para estas pessoas”.

Os interessados em auxiliar nos custos da viagem devem ligar na UTFPR e pode conversar com o coordenador do curso Edson; a responsável de graduação da instituição ou a professora de história, Zenaide.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Marcos Rodrigues Galvão – 16 anos

Aline Stiehl – 16 anos

 

 

 

 

Renan Kuntz – 16 anos

Lucas Tiago Eckert – 16 anos

Ana Lúcia da Costa – 16 anos

 

Texto Graciela Souza

Reportagem Selma Becker

 

Equipe, 75º colocada (Farro Trio)

 

Rogério Midding – 17 anos

 

Equipe, 50º colocada (Trio Vacinado)

 

 

 

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