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GERAL

Condomínios recebem doses de sêmen do programa de inseminação

“A bovinocultura de leite ajuda o homem do campo a se manter na propriedade, mas não é uma atividade fácil. É trabalho de domingo a domingo, faça chuva ou faça sol”. A avaliação é da produtora rural Clair Adamczuk, que com o marido e os filhos toca uma propriedade em Vila Ipiranga, no interior do município de Toledo. Integrante do programa de Condomínios de Inseminação Artificial de Vila Ipiranga, onde trabalha como inseminadora, ela estava entre os representantes dos 27 condomínios em funcionamento que receberam ontem (13), doses de sêmen d programa.

14/10/2011 - 14:47


Os Condomínios beneficiam em Toledo cerca de 380 produtores rurais que recebem subsídio para a inseminação, reduzindo os seus custos no processo. O grupo também se organiza para a formação de inseminadores, facilitando assim a aplicação. Na quinta-feira, durante a realização da Expo-Toledo, foram entregues as doses de sêmen, que atenderão os condomínios ao longo do ano. Pelo programa, explica a coordenadora, Eliane Sperafico, o município fornece doses subsidiadas de sêmen aos pequenos produtores, reduzindo os custos destes para a melhoria genética dos animais. A partir deste ano, o município também deverá auxiliar no pagamento das despesas para a realização de exames de brucelose, tuberculose entre outros, visando preservar a sanidade dos animais e garantir uma qualidade maior do leite.
“Este programa é muito importante, pois permitiu o aumento da produção e da qualidade do leite. Queremos continuar contando com vocês nesta parceria”, disse o prefeito José Carlos Schiavinato, que participou da entrega de 4.580 doses de sêmen, dos quais 3.170 da raça Holandesa e 1.410 da raça Jersey. O material genético é entregue aos condomínios, que se responsabilizam pela manutenção e aplicação, conforme a demanda. Na entrega o prefeito alertou para a lei eleitoral, que não permite novos repasses no próximo ano. Com isso, a prefeitura pretende adiantar o processo licitatório para a compra de novas doses, para garantir que o programa não tenha interrupção no período, em função dos benefícios que traz na melhoria da qualidade genética dos animais e na produção de leite.
“Nos dez últimos anos de produção de leite, ficamos dois sem fazer inseminação. Foi um atraso”, atesta a produtora Clair Adamczuk. Segundo ela, a inseminação artificial é fundamental para garantir a melhoria da qualidade genética dos animais. Com 40 vaxas em produção, ela viu nos últimos anos crescer a produção de leite em 5 litros por animal dia. “É um volume considerável e estamos muito satisfeitos”, disse ela, que fez questão de fazer o curso de inseminadora, visando atender a necessidade da propriedade e também de vizinhos. Segundo ela, o programa municipal permite uma redução expressiva nos custos ao produtor, além da aquisição de novas doses particulares, complementando a demanda.
“Sem dúvida, este é o caminho”, acrescenta ela, referindo-se a necessidade constante da adoção de novas tecnologias no campo, para facilitar o trabalho e garantir o aumento da produção. Ela afirma que quem não estiver atento a estas novidades está sujeito a perecer na atividade. Com a ajuda de um casal de funcionários, ela administra a propriedade com o marido e deposita no filho mais novo a esperança que as atividades no campo sejam mantidas. Os dois mais velhos estão fazendo faculdade fora e ela não alimenta esperanças de que voltem para casa, mesmo que um deles esteja atuando na área. “O mais velho faz economia e só quer saber de números, a filha faz Veterinária, mas não pretende voltar para cá. Ela estuda à noite, trabalha no Hospital Veterinário e está muito realizada com isso”, conta a mãe, orgulhosa. “O trabalho na roça é mais pesado, muito sacrificado. Os jovens de hoje não querem mais isso. Para eles, a vida na cidade parece mais fácil”.
Há 23 anos trabalhando na propriedade em Vila Ipiranga ela aprendeu que a vida não é só trabalho. Todos os anos ela e a família tiram alguns dias para passear, conhecer novos lugares. Com um grupo de amigos ela já foi conhecer a Serra Gaúcha, incluindo Gramado e Canela, no Rio Grande do Sul, águas termais de Piratuba, em Santa Catarina, e de Caldas Novas, em Goiânia, Porto Seguro, entre outros locais. “Quem vive só para o trabalho, não vive e nesta vida a gente não leva nada. Leva apenas a vida que vive”, ensina.

Da Assessoria - Toledo

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