De acordo com o gerente da Copel de Toledo, Jair Banke, a medida traz um alívio no sistema elétrico. Para ele, a partir das 18h às 21h é o período em que o sistema elétrico das cidades brasileiras é totalmente ligado. No entanto, com o horário de verão há uma postergação do uso da claridade natural. “Neste horário aumenta o pico de consumo de energia, porque coincide com o setor produtivo mais a iluminação pública de todas as cidades do País que ligam simultaneamente. Além de ser um horário em que muitas pessoas que possuem atividades noturnas estão se organizando. Com isso, o sistema elétrico sente esta carga e quando é prorrogada a claridade para mais uma hora se ganha um alívio neste período no sistema que o não exige novos investimentos, despesas, redes, subestações, entre outros fatores”.
Banke salientou que além do horário proporcionar um alívio ao sistema elétrico, a medida ainda proporciona às pessoas um tempo maior de lazer e representa atitudes de economia nas residências, como tomar banho sem utilizar água quente. “Um chuveiro elétrico na posição verão proporciona uma redução de em torno de 70%. Outras atividades podem ser realizadas com a luz natural como lavar calçada, cortar grama, lavar carro entre outras. No entanto, o principal objetivo do horário de verão é criar condições ao sistema total integrado, porque teoricamente se não possui o horário de verão é preciso ter uma usina a mais construída no País para atender a demanda”.
Segundo o gerente da Copel de Toledo, este adiantamento em uma hora, além de ser benéfico ao sistema elétrico, ainda diminui o impacto ambiental e uma gama de fatores que deixa de despender justamente devido ao pico que se tem das 18h às 21h.
Histórico
Nos últimos dez anos, a medida possibilitou uma redução média de 4,6% na demanda por energia no horário de maior consumo. Isso significa que, no horário de maior pico, deixaram de ser consumidos cerca de 2 mil megawatts anuais, ou duas vezes a carga no horário de pico da cidade de Belo Horizonte ou 75% da demanda em Curitiba. Segundo o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, a expectativa do governo federal é que haja uma redução entre 4,5% e 5% da demanda de energia no horário de pico, entre o fim da tarde e o início da noite. Em 2010, a economia foi de 4,4%.
Texto Graciela Souza e informações da Agência Brasil