Os interessados deverão entregar o material neste período, diariamente das 8h às 11h45 e das 13h30 às 17h, devidamente acondicionadas. Somente serão recebidas lâmpadas fluorescentes tubulares ou compactas que não estivem quebradas em caixas de até 50 unidades. Elas poderão também estar nas embalagens originais ou envoltas em plástico bolha, garantindo assim a proteção no transporte.
Um técnico da prefeitura vai acompanhar e fiscalizar o recebimento deste material, os quais deverão estar dentro das exigências especificadas, ou seja, inteiras, envolvidas em plástico bolha, nas embalagens originais ou em caixas com no máximo 50 unidades. “Não queremos fazer um depósito irregular deste material. Ele será deixado provisoriamente em um local protegido, até que seja recolhido para Curitiba, onde deverá receber o destino adequado, através da parceria assinada entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e a Abilux”, explica o engenheiro civil da secretaria municipal do Meio Ambiente e responsável técnico pelo aterro sanitário, Flávio Scherer.
Segundo ele, este recolhimento é importante, pois as lâmpadas fluorescentes possuem mercúrio, um metal pesado altamente poluente. Com a parceria feita entre a SEMA e a Abilux, o vidro será destinado à reciclagem e o mercúrio a um aterro industrial, tendo em vista o risco de contaminação ao meio ambiente.
Conforme o técnico, este material não pode ser depositado no aterro sanitário, porém o que muitas vezes ocorre é a colocação indevida deste material juntamente com outros resíduos, colocando em risco o meio ambiente. Um levantamento feito em Toledo estimou a existência de um volume próximo a 40 mil lâmpadas, mantidas estocadas em empresas, estabelecimentos públicos e particulares. Todo este material – até o limite de 40 mil lâmpadas - poderá ser recolhido, agora, desde que a entrega seja feita no período e dentro dos critérios estabelecidos.
Em Curitiba, depois de recolhido todo o material do estado, será feita a descontaminação, encaminhando o vidro para reciclagem e o mercúrio para um aterro industrial credenciado. A iniciativa de coleta conjunta em todo o estado, conforme Scherer, é fruto do trabalho do Grupo G 22, formado pelos maiores municípios do Paraná, responsáveis pela geração de 90 por cento dos resíduos, e dentro do que preconiza a nova política nacional de resíduos sólidos, recentemente aprovada pelo governo federal, que prevê a responsabilidade compartilhada dos resíduos entre os usuários e as empresas geradoras. “Cabe à empresa também a responsabilidade de receber o material gerado, dando assim o destino final adequado”, frisa Scherer
A expectativa é que num futuro breve seja implantada uma sistemática de devolução das lâmpadas queimadas na aquisição de novas, permitindo assim que a empresa, responsável pela geração do resíduo, dê o destino adequado. “É o que chamamos de logística reversa. As empresas são responsáveis pelos resíduos que geram e deverão fazer o retorno deste material, dando o destino adequado”, explica Scherer. Esta é apenas uma iniciativa e que deverá tornar-se rotina, evitando assim que estes materiais fiquem em terrenos baldios, fundos de vale, córregos, entre outros locais poluindo o meio ambiente.
Ele destacou também a importância da conscientização das pessoas para este problema, não descartando com o lixo comum estes materiais, que são altamente poluentes e que representam riscos à natureza.
Da Assessoria - Toledo