1144 x 150 anu%e2%95%a0%c3%bcncio casa de noti%e2%95%a0%c3%bcciasconstrua pre%e2%95%a0%c3%bcdios no biopark

ESPORTES

Angélica Kvieczynski, para nós ela é ouro!

Quase 16 quilômetros era a distância percorrida de bicicleta, diariamente, pela mãe de Angélica Kvieczynski para levar aquela menininha para o treino. O que esta mãe não sabia é que em 2011 a sua filha – ginasta – seria uma das responsáveis por manter o Brasil em segundo lugar nos Jogos Pan-Americanos de Guadajara, no México. Angélica retornou para casa com quatro medalhas, incluindo uma de prata no aparelho maças e três de bronze no individual geral e nos aparelhos arco e bola, num dos melhores resultados de uma atleta brasileira no individual. Nenhuma atleta da América do Sul conquistou quatro medalhas numa competição como esta. Lá ela foi prata e bronze, aqui, para nós ela é ouro.

21/10/2011 - 20:00


Durante a solenidade homenageando a técnica Anita e a ginasta Angélica, a atleta agradeceu a comissão técnica, pais, amigos, médicos e todas as pessoas que sempre lhe deram apoio, mas principalmente a sua técnica. “Estas medalhas não vieram somente do meu esforço, mas de uma equipe de trabalho. A minha técnica, nós brigamos, mas ela foi a única pessoa que nunca desistiu de mim. Ela é uma guerreira, porque são poucas as pessoas que conhecem a sua história. É conhecida como uma carrasca por muitos pela sua maneira de trabalho, mas se não fosse assim acredito que não traria este resultado”.

Angélica ainda lembrou que foi Anita que após uma cirurgia difícil esteve ao seu lado. “A hora que o médico falou que eu não poderia mexer o braço, porque poderia perder a minha vida, foi ela que ficou comigo e me apoiou. Quando quis desistir, ela falava que eu iria conseguir. Todos os momentos, ela falava Angélica você vai conseguir e eu falava não, não era mais uma boa ginasta, mas ela me dava força e falava para trabalhar. Eu sentava no canto do tapete e falava que não ia mais treinar, ela me mandava levantar e voltar a treinar. Agradeço a Deus por ter ela na minha vida e se não fosse por ela não teria GR aqui, nem a estrutura ou esta parceria”.

Parceiros

O Presidente da Associação Toledana de GR, Vilson André da Silva, conhecido como Chumbinho, lembrou que quando Angélica viajou para o México ela levou e sua mala as esperanças dos cidadãos de Toledo e do Brasil. “Nós tínhamos a certeza de que esta mala viria cheia de medalhas e não foi diferente”.

Para a gerente da unidade Sesi, Cássia Schaedler, é um orgulho manter estas parcerias, tanto com o Poder Público como com a Sadia que tem sido fortalecida a cada dia. “Cremos que ela tende a crescer e se fortificar cada vez mais, com este resultado maravilhoso que a Angélica trouxe para todos”.

Para o gerente da unidade Sadia – Toledo, Décio Panassollo, hoje é o dia em que a população de Toledo e demais brasileiros vêem uma pérola lapidada. “Precisamos lembrar que por trás disso há forças que precisam ser colocadas em cinergia para que isso tudo possa aconteça”. Panassollo lembrou dos parceiros que estiveram no início do projeto. Para ele, estas pessoas tiveram coragem em acreditar no projeto. “Quando você pega algo que está dando resultado é fácil, mas quando começa do nada e acredita isto são poucos que fazem. É o reconhecimento para as pessoas que acreditaram no início do projeto, as atletas que superaram barreiras, porque o principal objetivo é desenvolver uma alternativa saudável de desenvolvimento para estas meninas. Isso precisa que aconteça para que possamos ter uma perola lapidada, como a Angélica. Talvez não saibamos um por cento do que é o trabalho e o sofrimento delas, porque fazer esporte no Brasil ainda é muito difícil. Nós acreditamos neste projeto, porque sabemos que é uma pequena contribuição para que o esporte se desenvolva no País. Parabéns a todos”.

O coordenador da GR pela Sadia, Pedrinho Furlan, aplaudiu todas as ginastas e deixou o seu abraço e reconhecimento a todas as pessoas que fazem parte da estrutura da GR. “A união faz a força. Os profissionais transformaram o Centro de Excelência da Ginástica do Brasil e porque não dizer da América do Sul. Isto se deve aquilo que eu já disse uma vez e parece ser uma coisa tão simples, mas é tão verdadeira... Eu fiz o possível para não me emocionar... Para encerrar qual é o nome da atleta que conseguiu quatro medalhas para o Brasil se manter em segundo lugar no Pan? Angélica”.

O secretário de Esportes de Toledo, Mauro Maiorki, destacou o trabalho promovido pela técnica Anita. Ela – uma funcionária pública – que há muitos anos se formou em educação física e iniciou um trabalho com atletismo em Toledo “Por força do destino iniciou a atividade rítmica desportiva, hoje GR. De maneira singela, quero parabenizar a Anita por essa dedicação. Todas estas meninas não gostam da Anita, porque ela belisca no “bumbum” quando não tem vontade de treinar, mas se não sair sangue e suor, não há resultado. Sem trabalho árduo não se consegue nada. Eu estou de peito estufado de tanto que se falou de Toledo no Pan Americano”.

Maiorki lembrou que os trabalhos de GR iniciaram nas calçadas da Casa da Cultura. “Era uma loucura. De dia desenrolava tapete e de noite tinha que tirá-lo, porque as pessoas queriam jogar futebol na quadra da Sadia. Era uma loucura que foi evoluindo. Alugamos alguns prédios públicos e hoje estamos em uma realidade diferente. Temos uns dos melhores ginásios do Brasil, a Estrutura do Sesi, um ginásio climatizado”.

Por Graciela Souza

Sem nome %281144 x 250 px%29