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Conselho de Saúde fixa prazos para município resolver problemas apontados pela Vigilância Sanitária

Os relatórios de inspeções realizadas pela Vigilância Sanitária nas Unidades de Saúde, em Toledo foram pauta da reunião ordinária do Conselho Municipal de Saúde. A inspeção faz parte de uma determinação do Ministério Público, sob a denúncia de que algumas Unidades de Saúde não tinha a licença sanitária em dia. As Unidades até agora vistoriadas todas apresentaram algum tipo de irregularidade dentro dos critérios de inspeção sanitária como imprescindíveis, necessários e recomendáveis. Os conselheiros tiveram acesso aos relatórios e aprovaram duas resoluções definindo prazos para serem sanados os problemas apontados.

26/10/2011 - 15:53


Os problemas encontrados são desde o manuseio de objetos, medicamentos, problemas estruturais e de higiene, e também, em algumas unidades foram encontrados medicamentos fracionados sem data de validade ou validade vencida, sem o princípio ativo, ou ainda, sem a concentração da substância.
A primeira resolução discutida e aprovada com alterações foi a que prevê prazos para que o gestor público tome providências na solução dos problemas mais graves, ou seja, os imprescindíveis. A secretária de Saúde, Denise Liell não compareceu na reunião, a informação dada era que a mesma estava com problemas de saúde.
O critério utilizado pelos conselheiros para fixação de prazos foi o mesmo da Vigilância Sanitária, onde os imprescindíveis deverão ser resolvidos imediatamente.
Segundo o presidente do Conselho, Rodrigo Melonari os prazos são razoáveis. “No caso dos itens considerados pela Vigilância como imprescindíveis, demos um prazo de 15 dias, muito superior ao prazo que normalmente é dado a iniciativa privada e como o gestor tem um prazo legal de 21 dias para publicar em diário oficial a resolução, este prazo se estende em até 36 dias. Acreditamos que o gestor é inteligente e vai usar este prazo a seu favor e vai desde já, trabalhar para resolver estes problemas”.
Conforme a resolução aprovada os problemas encontrados pela Vigilância Sanitária nas Unidades de Saúde de Toledo, considerados itens necessários o prazo fixado foi de 90 dias e os recomendados o prazo é de 180 dias. A resolução depende da homologação do Poder Público, que no prazo de até 21 dias pode vetar a resolução e ou parte dela e este veto será submetido aos conselheiros.
Os conselheiros pediram para incluir um artigo na resolução que fixasse a responsabilidade do gestor municipal de dar manutenção aos serviços. “De nada adianta todo este esforço, e daqui 6 meses enfrentarmos estes mesmos problemas. Queremos que o gestor se responsabilize em manter as unidades de saúde em condições de prestar um serviço de qualidade para a população”, disseram eles.
Nesta resolução foi incluído também que as novas unidades de saúde deverão ser planejadas, executadas e vistoriadas de acordo com as Normas da Vigilância Sanitária, bem como, este órgão fica responsável para manter as vistorias em todas as Unidades de Saúde conforme os prazos legais.
A fiscalização do cumprimento dos prazos fixados pela Resolução é de responsabilidade da Vigilância Sanitária, o que foi questionado pela reportagem, uma vez que órgão tem uma equipe técnica e infraestrutura limitada, o que fez com que os prazos estipulados para as vistorias fossem todos extrapolados, sendo que, algumas unidades, ainda não foram vistoriadas, o que também acontece com o Mini Hospital.
Melonari disse acreditar que a parte mais complexa do trabalho já aconteceu. “A etapa da fiscalização é mais tranquilo, menos trabalhoso do que o próprio relatório, mas acredito que o gestor vai usar o tempo a seu favor e vai resolver imediatamente os itens imprescindíveis”.
Para auxiliar no trabalho da Vigilância Sanitária o Conselho Municipal de Saúde aprovou outra Resolução, desta vez, fixando prazos para a convocação de servidores concursados e a aquisição de equipamentos básicos para que seja realizado o trabalho. Segundo Melonari, no caso das vistorias, os profissionais utilizaram equipamentos pessoais para realização do trabalho.
O Promotor de Justiça, José Roberto Moreira acompanhou a reunião do Conselho e auxiliou na reformulação das Resoluções. Moreira avalia que até o ponto que chegou o processo de vistorias das unidades já é um avanço. “É uma questão cultural e conseguimos dar um grande passo. Não vistoriar as unidades de saúde pública é uma prática que não acontece só aqui em Toledo, por isso, este movimento é um avanço e tomara que aconteça com frequência e em todas as cidades. Queremos que a cultura seja de que o gestor público tenha a preocupação permanente em manter todas as unidades em perfeito estado, e não somente as unidades novas, porque caso contrário, daqui a pouco uma comunidade ganha uma nova unidade e tem uma excelente estrutura e atendimento e no outro lado da cidade uma unidade completamente precária. Precisamos de uma nova cultura, no cuidado da saúde pública, oferecendo qualidade dos serviços de maneira igual a todos os cidadãos desta cidade”.
 
Por Selma Becker
 
Saiba o que já foi publicado sobre estes temas, inclusive pontos de saúde que foram fechados pela Vigilância por falta de mínimas condições de funcionamento.
 

 

 

 
 

 

 

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