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GERAL

Palestra em Sipat em Toledo aborda as deficiências e acidentes

A deficiência e acidentes e a qualidade de vida foram temas de palestra da presidente da Atacar-Associação Toledense de Atletas em Cadeiras de Rodas, Edna Zanetti, na Sipat-Semana Interna de Prevenção de Acidentes da Sanepar regional. Falando a colaboradores de 17 municípios sobre “Casos e acasos, histórias de vida e superação” a administradora com especialização em Políticas Públicas e goleira e defesa da equipe Atacar/Unipar/Toledo/Volvo/Oi lembrou que a deficiência hoje no Brasil na maior parte dos casos é adquirida.

03/11/2011 - 09:51


Segundo Edna, a evolução das políticas públicas no País, especialmente através das vacinações e do pré-natal,  fez com que fossem reduzidos os casos de deficiência congênita, mas por outro lado as armas de fogo, os acidentes de trabalho e trânsito estão elevando os números de deficiências motoras.
Na própria na Unidade Regional de Toledo-URTO da Sanepar – que abrange de Guaíra a Cafelândia, Terra Roxa, Palotina, Toledo e Vera Cruz do Oeste e mais onze cidades  -, atualmente o maior número de acidentes de trabalho com os 163 funcionários é ligado justamente ao trânsito, o que motivou a realização de blitz educativa junto à unidade da concessionária de água e esgoto no Jardim La Salle no primeiro dia da Sipat, realizada de 25 a 27 de outubro. Na palestra na Apito, junto ao Parque das Águas, Edna Zanetti  disse que na Atacar as deficiências adquiridas predominam, tendo origem em acidentes de trabalho e no trânsito e também na área rural. Neste sentido ela falou do que é adquirir uma seqüela, conviver com uma deficiência, destacando o esforço dos atletas cadeirantes em busca da superação e de qualidade de vida. Segundo Edna, na equipe feminina da Atacar/Unipar/Toledo/Volvo/Oi  a grande maioria das atletas trabalha e com o esporte estão transformando suas vidas em termos de qualidade e socialização.

Vaidade x felicidade
Lembrando que a deficiência vai da audição, visão, entendimento  à parte física, devido a acidente ou doença, Edna disse que hoje a grande maioria das pessoas com deficiência adquiriu essa condição.  Neste sentido ela destacou o caso do ex-Big Brother Fernando Fernandes, da segunda edição do programa, que tornou-se uma pessoa com deficiência ao dormir ao volante quando voltava para casa após um treino de box seguido de um jogo de futebol de 90 minutos. Ele nada sofreu na aparência no acidente ocorrido há dois anos e meio, mas tornou-se paraplégico permanente, interrompendo uma carreira de modelo no Brasil e exterior e convívio com celebridades. Ele diz que é preciso acreditar que a vida sempre pode melhorar e a partir disso passou a dedicar-se à canoagem, onde já conquistou vários prêmios. “Jamais vou deixar minha vaidade ser maior que minha felicidade”, ensina ele numa lição destacada por Edna e que repete-se no exemplo de muitos dos atletas cadeirantes, que em 15 de outubro conquistaram os títulos paranaenses de quatro modalidades de HCR-Handebol em Cadeiras de Rodas, que somam-se a vários outros troféus alcançados no Brasil e no exterior.    
Também foi lembrado o caso da arremessadora de disco, dardo e peso Roseane Ferreira dos Santos, a “Rosinha”, medalha de ouro e bronze no Parapan do Rio em 2007, que tornou-se conhecida por uma frase dita em 2000. “Perder a perna foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida”. A atleta foi atropelada quando era doméstica aos 18 anos, diz que o acidente lhe permitiu conhecer seu técnico e entrar no esporte e Edna explicou à platéia surpresa que por isso a deficiência mudou a vida dela. Segundo Edna, a pessoa com deficiência adquire muito mais sensibilidade e por isso agradece todos os dias pois sente dificuldades que outros nem percebem existir.

Sensibilização e responsabilidade
Neste sentido a palestra incluiu uma sensibilização onde os participantes exercitaram atividades sem usar um braço, depois outro, com as pernas imóveis e sem a visão, experimentando algumas das deficiências com que muitas pessoas convivem todos os dias. A atividade lembrou o que a deficiência representa para quem a possui e também a responsabilidade de cada um ao lidar com ela e preveni-la, especialmente no trânsito, onde o trabalho com veículos leva o nome da empresa ao convívio nas ruas. Citando um acidente causado por um caminhão de refrigerantes que causou deficiência a um amigo Edna lembrou que não sabe o nome do motorista, mas desde então refrescar-se com produtos daquela marca passou a ter um gostinho amargo e isso também deve ser considerado quando alguém conduz um veículo de uso profissional.

Da Assessoria

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