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INFRAESTRUTURA & LOGÍSTICA

Porto Seco de Cascavel é reaberto após reestruturação

Foi realizada nesta quinta-feira (03/11) a cerimônia de reinício das atividades do Porto Seco (Estação Aduaneira Interior – Eadi), no Terminal da Ferroeste, em Cascavel. Além de atender às necessidades logísticas da região, as instalações, agora mais modernas, vão permitir que a ferrovia movimente 200 mil toneladas de grãos a mais, por ano, a partir de 2012, podendo chegar a 400 mil toneladas.

03/11/2011 - 19:58


O projeto de readequação e reestruturação do Porto Seco foi realizado por meio de uma parceria entre a Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), gestora da unidade, e o grupo paraguaio Unexpa, que representa um conjunto de cooperativas de produtores e empresas exportadoras daquele país.
“O setor agrícola paranaense conta a partir de agora com um importante ramal intermodal, que vai permitir ganhos para a região Oeste e todo o Paraná”, afirmou o governador Beto Richa.
Com a reativação, os exportadores contarão com estrutura de transbordo de grãos, vindos por rodovia do Paraguai, que assim voltará a exportar em escala pelo Porto de Paranaguá. Também foi inaugurada uma câmara frigorífica para inspeção de cargas de congelados de origem animal (aves e suínos).
A partir de agora as cooperativas e empresas paraguaias farão o desembaraço aduaneiro no Porto Seco de Cascavel e despacharão suas cargas para o terminal marítimo paranaense. Segundo o secretário estadual da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, o complexo de silos e o terminal de transbordo com tombador para caminhões bi-trem, e mais o armazém alfandegado para carga geral, facilitará a movimentação de mercadorias. “Isso trará mais divisas para o Paraná”, disse.
Segundo o diretor-presidente da Codapar, Silvestre Tino Staniszewski, para viabilizar o projeto estão sendo investidos na parceria R$ 4 milhões. “O Porto Seco beneficia a ampliação do escoamento da produção de toda a região, que produz mais de sete milhões de toneladas de milho e soja por ano”, disse Staniszewski.
Para o presidente da Ferroeste, Maurício Querino Theodoro, o investimento paraguaio demonstra confiança na logística e no sistema multimodal de transporte que o governo estadual vem implementando. “Essas ações aumentaram a credibilidade no terminal ferroviário, no Oeste do Estado, que está ganhando o status de centro logístico”, disse.
Segundo Maurício Theodoro, o entreposto ganha capacidade para atender a região e se transforma em um eficiente elo de transporte e integração entre os países vizinhos, o Mato Grosso do Sul, e extensas regiões de Santa Catarina e mesmo de São Paulo.
O prefeito de Cascavel, Edgar Bueno, disse que além dos benefícios para a produção, o Porto Seco vai gerar mais empregos e proporcionar desenvolvimento para a região de Cascavel. “Estamos também trabalhando para trazer melhorias para o terminal com a pavimentação da entorno da área”, disse.
INTEGRAÇÃO – O Porto Seco passou por reformas e foi modernizado depois que um incêndio ocorrido há dois anos destruiu suas instalações. Com isso, amplia a logística paraguaia de exportação e importação. Atualmente, as cargas vão por rodovia e hidrovia, neste caso por território argentino.
O modal ferroviário também será utilizado para a importação de insumos agrícolas, como adubos e fertilizantes, que são fornecidos principalmente pelo Brasil. Investir na logística ferroviária é uma estratégia para importar a custos mais baixos e retomar os negócios no Porto de Paranaguá por parte dos produtores do Paraguai.
O objetivo do Porto Seco de Cascavel é a prestação de serviços públicos de movimentação e armazenagem de mercadorias destinadas à exportação, para carga geral, carga sólida e granel, em regime de controle e despacho aduaneiro.

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