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Opinião: Química Verde

No início da década de 1990, Paul Anastas, da agência de proteção ambiental americana (EPA), introduz uma nova tendência e estimula a adoção de novas tecnologias químicas que reduzam ou eliminem a geração de resíduos de alta toxicidade em detrimento da preocupação exclusiva do tratamento do resíduo gerado no fim da cadeia produtiva (“end of pipe”). Essa nova filosofia e/ou direcionamento na redução do impacto da atividade química ao ambiente foi chamado de “Green Chemistry”, ou Química Verde, também conhecida como Química Limpa, Química Ambientalmente Benigna ou Química Auto-sustentável.

08/11/2011 - 13:05


Química Verde pode ser definida como o desenho, desenvolvimento e implementação de produtos químicos e processos para reduzir ou eliminar o uso ou geração de substâncias nocivas à saúde humana e ao ambiente. Este conceito, que pode também ser atribuído à tecnologia limpa, já é relativamente comum em aplicações industriais, especialmente em países com indústria química bastante desenvolvida e que apresentam controle rigoroso na emissão de poluentes e vem, gradativamente, sendo incorporado ao meio acadêmico, no ensino e pesquisa. Esta idéia, ética e politicamente poderosa, representa a suposição de que processos químicos que geram problemas ambientais possam ser substituídos por alternativas menos poluentes ou não poluentes. Tecnologia limpa, prevenção primária, redução na fonte, química ambientalmente benigna, ou ainda “Green Chemistry”, são termos que surgiram para definir esta importante idéia. “Green Chemistry”, o termo mais utilizado atualmente, foi adotado pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC, em inglês), talvez por ser o mais forte entre os demais, pois associa o desenvolvimento na química com o objetivo cada vez mais buscado pelo homem moderno: o desenvolvimento auto-sustentável.

Por diversas vezes, verifica-se que o setor produtivo e a sociedade não alteram seu modo de agir ou sua cultura, mantendo o modus operandi, por não haver o desenvolvimento de trabalhos integrados. E estes trabalhos devem ser baseados em filosofias como a produção mais limpa (P+L) e a Química Verde. P+L é a aplicação contínua de uma estratégia ambiental preventiva integrada, aplicada a processos, produtos e serviços, para aumentar a eficiência global e reduzir riscos para a saúde humana e o meio ambiente. A Produção e Consumo Sustentáveis podem ser aplicados a processos usados em qualquer indústria, a produtos em si e a vários serviços providos na sociedade. Química Verde representa a invenção, desenvolvimento e aplicação de produtos e processos químicos para reduzir e eliminar o uso e a geração de substancias perigosas. O órgão ambiental do Estado de São Paulo, a CETESB, preparou uma série de cartilhas para vários setores industriais para uma produção mais limpa. Estas cartilhas podem ser obtidas no endereço eletrônico: http://www.cetesb.sp.gov.br/tecnologia-ambiental/Producao-e-Consumo-Sustentavel/11-Documentos.

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