A coordenadora do CTA/SAE, Kassiana Cristina Rayser explicou que o aumento do número de hepatites em Toledo pode ser por três fatores: o aumento da informação, a exposição e a realização da campanha de conscientização da doença neste ano. “Muitas pessoas desconheciam que as hepatites virais B e C também são doenças sexualmente transmissíveis (DST´s) e com as informações chegando até elas, muitas nos procuram para fazer os exames. Com isso, aumentaram os dados epidemiológicos”.
Até o final do mês de junho 76 pacientes com hepatites virais estavam em tratamento no Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar). Deste número, 12 eram portadores de hepatite C. Em virtude da atividade realizada no Dia Nacional de Combate as Hepatites, o número de pacientes em tratamento aumentou para 98, do qual 20% é tratado contra a hepatite C. “O índice de hepatite B é maior devido a forma de transmissão da doença, porque o contágio da hepatite C é por meio de contato com sangue. A hepatite C é mais grave e mais complexa”.
Ela relatou que 85% são as chances de cura nas pessoas que possuem a hepatite B e apenas 15% na hepatite C e sem a necessidade de transplante do órgão. “Muitos pacientes encerraram o tratamento e estão sendo acompanhados, pois o organismo fica com o registro sorológico da doença”.
Kassiana lembrou que durante a semana de conscientização a equipe do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) realizou palestras para pacientes que aguardavam consultas com os especialistas. A equipe enfatizou a prevenção, transmissão, tratamento e a importância de fazer o exame das Hepatites Virais. Os dados ainda estão sendo tabulados, mas Kassiana acredita que foram realizados mais de 1,5 mil exames, onde diagnosticou vários pacientes.
Faixa etária
Conforme Kassiana, a faixa etária é mista, porém ainda prevalece o grupo dos 25 a 40 anos. “A hepatite é uma doença que dependendo do organismo não vai apresentar sintomas. Algumas pessoas apresentam dor no fígado ou icterícia. No entanto, geralmente quando surgem os sintomas é porque a doença já está cronificada”.
Prevenção
Kassiana salientou que a aceitação do uso do preservativo tanto por homens quanto por mulheres ainda é pequena. “A equipe do CTA em parceria com as epidemiologias tem realizando campanhas sempre dando ênfase da importância de se usar preservativo. “A principal e única forma de prevenção é o uso do preservativo”.
Por Graciela Souza