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GERAL

ATI entrega Troféu Guerreiro da Imprensa a Isa

A Associação Toledana de Imprensa (ATI) realizou a cerimônia de entrega do Troféu Guerreiro da Imprensa 2011 nesta sexta-feira (18), no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit). A honraria é destinada a profissionais que se destacam ou se destacaram no meio jornalístico e midiático. Em sua quarta edição, neste ano, a homenageada é a profissional Isolde Ana Jacobi, a Isa, pelos significativos serviços prestados em prol de toda a classe e para a comunidade em geral.

18/11/2011 - 16:02


Para o presidente da ATI, Sadi Nunes, o Troféu Guerreiro da Imprensa demonstra o reconhecimento do trabalho de um colega. O Prêmio ainda demonstra união e solidariedade de todos os profissionais. “A Isa é uma grande profissional. Ela iniciou os trabalhos no ano de 1975, no auge do movimento estudantil. Na época, ela produzia o jornal do Grêmio Estudantil do Dario Vellozo. Isa sempre defendeu a categoria e é isto que o Prêmio busca: por profissionais que lutem pelo coletivo e o trabalho dos colegas. Buscando sempre fazer com que a imprensa de Toledo seja mais forte”.
Além de Isa, também receberam a premiação os profissionais: Júlio César Fernandes, Bogoni e Sérgio Guiss.


A homenageada preparou um texto para ser lido durante a cerimônia. Confira:
“A primeira vez que tive contato com um jornal impresso, eu estava na  idade  de começar a  entender algumas coisas e ter de quatro a cinco anos. Era meu pai lendo um exemplar de um impresso em alemão que ele recebia com atraso de até três meses. Ele lia em voz alta e eu acompanhava aqueles  desenhos que formavam palavras no papel, e, melhora  ainda: contavam histórias e falavam de coisas desconhecidas e distantes a nossa realidade naqueles tempos.
De lá para cá, muita coisa aconteceu, o mundo foi mudando, mas o fascínio pela profissão que contava histórias trazia notícias boas e ruins às comunidade, às famílias, não passou.
Do jornalzinho mimeografado do Grêmio Estudantil do Dario Vellozo o amor pela profissão me levou as redações de alguns dos mais destacados jornais impresso o Estado. Não pensem que foi fácil. Não havia curso superior na área no interior e poucos abraçam a tarefa. Tudo era distante e de difícil acesso. Lembro que a área de cobertura da Sucursal do Jornal Estado do Paraná e depois também a do extinto Correio de Notícias, abrangia mais de 20 municípios.
Percorríamos 10, 15 cidades a cada semana enfrentando estradas sem asfalto, dia após dia longe de casa, em busca da notícia. E a prioridade sempre foi Toledo, e de mostrar gente e as coisas dessa maravilhosa cidade ao resto do Paraná e do Brasil.
A comunicação naqueles tempos era quase nenhuma. Telefones não funcionavam a maioria das vezes e o material seguia de malote, via ônibus, à Curitiba. O Telex foi muito  bem vindo e era um avanço. Quando não se tinha o monstruoso equipamento próprio, apelava-se à agências bancárias para enviar as notícias mais urgentes.
Não dá para dimensionar o atraso que o interior do Paraná, principalmente a nossa região Oeste sofreu por falta de investimentos comunicação nos anos 70, principalmente.
E acreditem. Quem colocou essa região no mapa da comunicação, foram, em sua grande maioria, abnegados colegas que, como eu, não tiveram oportunidade de frequentar os bancos da faculdade e que aprenderam o oficio no dia da dia, lutaram para imprimir credibilidade às informações e conquistaram o respeitos dos leitores e dos demais paranaenses em relação à profissão.
Foram longos anos de informação e em nenhum momento neste período todo, houve arrependimento pela escolha da profissão, mesmo quando assumi cargos públicos como na Câmara de Vereadores e depois como Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura de Toledo.
Tudo veio se somar ao constante aprendizado que o profissional da comunicação vive.
Quero agradecer aos membros da ATI, cujo edital de convocação para a primeira reunião visando a criação da entidade foi redigido por mim, na minha velha e fiel companheira de Jornal O Paraná – a Remington, por essa homenagem.
Não vou citar todos os meios de comunicação pelos quais passei, a maioria não só uma vez, mas duas, três...Mais fácil será falar o nome daquele onde não trabalhei.
Cada redação era a minha casa. Então, sempre estive em casa.
Nos últimos anos, os jornais impressos não fizeram mais parte da minha vida profissional, só na qualidade de leitora.
Descobri que o rádio também pode ser um espaço para exercitar a essa veia da comunicação e me encantei igualmente. Agradeço a direção da Fasul por me ter dado mais essa abertura, e, caros Oscar, Sadi e demais colegas, agradeço e aceita honrada a homenagem que prestam a mim nesta data.
Que o senhor nosso Deus continue iluminando nossos passos e nos dê a direção da informação correta e isenta, sempre.
Obrigada”.

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