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GERAL

Agentes comunitários e de endemias lotam a Câmara e pedem o piso nacional

O Município de Toledo tem 103 Agentes Comunitários de Saúde, sendo que cada um tem sob sua responsabilidade aproximadamente 230 famílias, com visitas entre uma a duas vezes no mês por família, representando em média 12 visitas dia. No entanto, somente nesta segunda-feira (28), pela primeira vez, um Agente Comunitário de Saúde ocupou a Tribuna da Câmara de Vereadores durante a sessão. A Agente Geda Maria Fiorentin representou estes profissionais que estão lotados nas Unidades de Saúde de Toledo. Ela falou sobre a importância da profissão e suas atribuições, mas principalmente a busca pelo reconhecimento e melhores condições de trabalho e salários conforme o previsto em Lei.

28/11/2011 - 20:18


De acordo com informações dos agentes, eles recebem R$ 523,31 mais complemento para atingir o salário mínimo. Diante disso, oito Agentes entraram com uma liminar sobre a Lei “R” 93/2007 e a “R” nº1/2010, esta última, cria os empregos públicos. Estes profissionais ganharam parecer favorável e agora devem receber o salário previsto na Lei 11.350. Nesta terça-feira (29), às 9h, os profissionais se reúnem com o Sindicato para elaboração de uma minuta para o Plano de Cargos e Salários, a qual deve ser apresentada ao Prefeito José Carlos Schiavinato.

Geda criticou a falta de conhecimento sobre as ações dos agentes por parte de autoridades. E lembrou que a profissão foi criada para possibilitar a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) e que está amparada na Constituição Federal conforme prevê o parágrafo 5º do Artigo 198, com fundamentação legal dada pela Lei 11.350 de 05 de outubro de 2006.

A Agente Comunitária de Saúde afirmou que o profissional é alguém que se identifica com a comunidade, principalmente na cultura, na linguagem e nos costumes. “Gosta de desafios, aprende e ensina. Também deve ter a sensibilidade de entender que ninguém nasce com o destino de morrer ou de não ter direito a saúde”.

Geda relatou que a classe defende os serviços públicos e, sobretudo, transmitir na forma do entendimento do cidadão que ele faz parte deste serviço e que o acesso consciente torna o serviço Público de boa qualidade. “Atuamos diretamente com o povo, na sua casa, na sua comunidade, na sua área. Esta proximidade nos faz conhecer suas dúvidas seus segredos, suas frustrações e suas conquistas. Nós nos tornamos amigos, ouvidores e apaziguadores, pois nem sempre a dor é retratada por uma condição física, no qual um receituário médico resolve”.

Ela salientou que por muitas vezes os méritos de campanhas bem sucedidas são atribuídas aos profissionais de gabinete. No entanto, Geda lembrou que é o Agente de Saúde que efetua a busca ativa nos bairros para que se alcance o percentual definido. “O profissional é responsável por descrever toda a sua micro-área; fazer o cadastramento do Sistema de Avaliação Nutricional (Sisvan) e das crianças e gestantes”.

A Agente explicou que estas informações traçam um perfil de saúde das crianças e das gestantes. Assim, o município tem a garantia de sequência de recursos financeiros. “Os relatórios mensais comunicam as alterações ocorridas em suas áreas de ação tais como: nascimentos de crianças, totais de crianças vacinadas, mudanças de endereços, totais de hospitalizados, novas gestantes, totais de óbitos e outras ocorrências à Secretaria de Saúde do Município para que seja alimentado o programa do SIAB – Sistema de Informação da Atenção Básica do Ministério da Saúde”.

O Agente Comunitário de Saúde, conforme Geda, semestralmente realiza a busca de pessoas que recebem os recursos do Programa Bolsa Família e verifica a condição social, localização física destas famílias beneficiadas. “Os profissionais – também – orientam e conscientizam a mulher para que faça periodicamente os exames para detectar o câncer de mama e de útero. Além de investigar situações de risco a menores, como abusos cometidos ou a não frequência escolar”.

 

Confira outras atividades do Agente Comunitário de Saúde citadas por Geda

- Agendamento de consultas de idosos;

- Acompanhamento e orientação aos hipertensos e diabéticos, quanto a alimentação e uso correta da medicação;

- Acompanhamento de pessoas com deficiência física e mental;

- Acompanhamento dos pacientes que estão em tratamento de câncer, levar uma palavra de esperança e conforto a eles;

- Orientar o alcoólatra e o usuário de droga, que é possível mudar, fazendo com que mesmo procure ajuda nos CAPS;

- Conscientizar os jovens que é preciso usar preservativos;

- Distribuição do Leite e Suco de Soja conforme escala do Município;

- Conhecer os medicamentos para que se destinam e conhecer os horários que podem ser administrados, efeitos colaterais possíveis etc;

- Agir com ética e respeito e se vestir de forma adequada.

 

Por Graciela Souza

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