Instituída pela Lei nº 13.585/2017, a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, lembrada entre 21 e 28 de agosto, ganhou um contorno especial neste ano para 21 famílias de Toledo. Elas têm entre seus membros pessoas com síndrome de Down ou com transtorno do espectro autista (TEA) que estão participando de aulas gratuitas de beach tennis, promovidas semanalmente pela Planeta Sport Indoor.
A iniciativa, inédita no Paraná na modalidade de parabeach tennis, começou em abril e encontra-se no escopo das atividades propostas pelo clube quando este aderiu ao Programa Esporte Cidadão, da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Smel). Os participantes chegaram ao projeto por meio de encaminhamento feito pela Coordenação de Políticas para Pessoas com Deficiência, da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social: Infância, Juventude, Pessoa Idosa e Família (SDHS).
As aulas, conduzidas pelos professores Fábio Bento e Jefferson Machineski, mesclam noções básicas do beach tennis com atividades que estimulam a coordenação motora e a socialização, uma verdadeira união entre inclusão e diversão. O projeto conta ainda com incentivo fiscal do Programa Estadual de Fomento e Incentivo ao Esporte (Proesporte) e o apoio de empresas parceiras, como a Sferriê, a Unibaby e a Copel.
O professor Jefferson explica que o projeto atende prioritariamente crianças e adolescentes com 8 anos de idade ou mais, mas também contempla adultos com TEA ou Down que se sentem motivados em participar da atividade. “É uma nova forma de atividade física, utilizando o beach tennis como ferramenta para desenvolver todo o aspecto físico, melhorando a coordenação motora e a socialização, um resultado que deixa os professores muito felizes”, comenta. “Nestes quatro meses em que estamos oferecendo estas aulas, percebo uma evolução dos alunos, que estão acertando a bolinha com mais precisão, algo simples, mas muito significativo para eles. Tudo isso na areia, que é mais desafiadora para a execução dos movimentos”, analisa.
Segundo a coordenadora da SDHS, este projeto confere as mesmas oportunidades recebidas há alguns anos pelo seu filho, Gabriel, que tem TEA e hoje está no terceiro ano do curso de Direito na Pontifícia Universidade Católica (PUCPR/Toledo). “A partir da minha experiência, posso dizer que o esporte contribui demais para o desenvolvimento das crianças com autismo ou síndrome de Down e ficamos felizes com o trabalho que os professores Fábio e Jefferson estão desempenhando”, avalia. “Estamos apoiando a iniciativa e disponíveis para tirar as dúvidas dos pais e responsáveis para que eles possam inscrever seus filhos e permitir que eles tenham acesso aos benefícios deste trabalho maravilhoso”, salienta.
Bernardo, de 9 anos, está no projeto há um mês e a mãe dele, Sandra Oliveira Magalhães, já percebeu mudanças no comportamento do menino, que tem TEA. “Para ele, esta atividade está sendo bem importante, pois está desenvolvendo tanto a parte da coordenação motora, do equilíbrio, quanto da socialização”, relata.
Ainda há vagas disponíveis no projeto. Pais e responsáveis por pessoas com síndrome de Down ou TEA estão convidados a inscrever seus filhos nesta atividade e podem obter mais informações pelo telefone da SDHS: (45) 3196-2405.