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POLÍTICA

Oposição encerra o ano e PDT anuncia que deixa a base do Schiavinato

Na noite de sexta-feira (17) os partidos de oposição: PT, PMDB, PSC, PSDC e PDT estiveram reunidos para avaliar as atividades realizadas neste ano. Um fator destacado pelas lideranças que estiveram por lá é a mudança da forma de gestão deste governo. Todos os líderes de partidos e deputados defendem um modelo de gestão democrática e participativa. Eles também defendem a inversão de prioridades no gasto público, além da unificação destes partidos para a construção de um projeto de governo voltado ao desenvolvimento sustentável, que tenha como o foco o ser humano. O novo do encontro foi a presença maciça do PDT, que juntos formaram a maioria na Câmara de Vereadores, e que oficializou a partir de 2012, os pedetistas não mais fazem parte da base do prefeito José Carlos Schiavinato. O presidente do PDT, Ascânio Butzge afirmou que a decisão foi tomada por mais de 90% dos dirigentes e no próximo ano os vereadores serão comunicados formalmente, embora ambos participaram do encontro. O reticente João Martins pareceu entender a mensagem do PDT. “Ainda tenho um compromisso com esta administração, mas hoje eu tenho o desejo de estar junto com este grupo em 2012, quero estar junto com você Beto Lunitti”, disse João Martins. Lunitti é o nome apresentado como pré-candidato natural a prefeitura e tudo indica que o nome do vice é uma tarefa para o próximo ano.

17/12/2011 - 19:01


O tom dos discursos foi agregador e no balanço das atividades, os aliados consideraram 2011, o ano dos acertos. Os dirigentes partidários apresentaram um relatório das atividades realizadas, como as viagens técnicas, as reuniões com as comunidades, encontros com os setores produtivos e sociais.

O presidente do PMDB, Beto Lunitti, considerou 2011 um ano produtivo para os partidos aliados, que ampliaram suas filiações e agregam dirigentes dos diversos setores. “Foi um ano de amadurecimento de todas as lideranças. O PMDB de hoje é diferente de anos anteriores, porque ele avançou e também abriu as portas para diálogo com os demais partidos. O PMDB abriu o leque de conversação com o PT, PDT, PSC, PSDC, PR, PPL, PPS e outros partidos. Nesta cesta de conversações fizemos um conselho de partidos, o que se tornou um embasamento para que construíssemos uma proposta de evolução, planejamento com desenvolvimento sustentável e a defesa de inversão de prioridades para Toledo”.

Beto Lunitti disse que 2011, foi um ano de estudos, reflexão e troca de informações experiências. “Nós precisamos alavancar a economia de Toledo e crescer a renda das pessoas. O IBGE apontou que a renda per capita de 44% dos domicílios de Toledo é de até um salário mínimo. Precisamos trabalhar com a perspectiva de crescer esta renda e quem tem este poder é o responsável pela gestão do Município. Isto nós vamos conseguir com uma economia forte e diversificada. E é nisso que os partidos de oposição estão focados”.

O presidente do PMDB propôs uma reflexão sobre o desenvolvimento econômico do município, o que aconteceu nos últimos anos e um dos questionamentos foi sobre o encerramento das atividades da FUNTEC. “Esta é uma questão que pretendemos promover o debate na campanha eleitoral. O que foi feita com esta fundação? A FUNTEC – ao longo do tempo - foi desmontada. Iremos discutir e teremos coragem de fazer o enfretamento. Não é a crítica pela crítica, mas fazer a crítica e apontar a solução do problema. Queremos que todos os partidos que estão no projeto compreendam a magnitude disso, trabalhem com responsabilidade e determinação, porque quem precisa de governo deseja políticas claras e objetivas para Toledo”.

Modelo de gestão

Inversão de prioridades, gestão participativa e aplicação dos recursos públicos de forma coerente com o desenvolvimento sustentável, são eixos que unificam os partidos de oposição afirma Beto Lunitti. “O Município de Toledo tem característica própria e precisamos resgatar toda esta presença da comunidade numa gestão democrática. O que precisa ser feito aqui não é pela cabeça de uma pessoa que visita algum local e traz uma mensagem de lá e aplica em Toledo. Nós defendemos a participação popular, a estruturação das associações de moradores dos bairros e no interior, dialogar com todos os setores produtivos e da sociedade civil. Além do fortalecimento e participação dos conselhos. Acredito que isso é possível de se fazer com seriedade e aplicação dos recursos públicos coerente. Você não vai investir em uma estátua ao passo que um conselho de saúde pede um mamógrafo, por exemplo”.

Beto Lunitti defende a reflexão sobre o papel de um governo. “Entendemos que a prática de realizar pintura, construir praças ou rotatórias está bom e devemos reconhecer isso. Entretanto, qual é o tipo de governo que queremos? Nós precisamos ter a coragem de fazer um debate do que é planejamento com desenvolvimento. O que a sociedade deseja para daqui cinco, dez ou vinte anos. Por ex. uma decisão de desmonte da FUNTEC fez com que a nossa economia sofresse um abalo do ponto de vista da renda das pessoas. Se nós tivéssemos políticas de desenvolvimento tecnológico e não tivéssemos dispensado diversos técnicos com renome nacional e internacional nós poderíamos ter um produto dentro da FUNTEC coligado com as universidades instaladas, como a Unioeste e UTFPR e as particulares”.

O presidente do PMDB avalia que a atual gestão esquece-se de questões primordiais de sustentação em longo prazo. “Será que estes empréstimos vão trazer sustentação futura para o Município? Ou estamos aumentando despesas de Toledo? Este investimento que está sendo feito em Toledo qual é o retorno a curto ou longo prazo?”.

Por fim, Beto Lunitti afirmou que encerra o ano satisfeito e vislumbrando um 2012, ainda melhor. “Buscaremos estruturar o plano de governo e realizar um debate com a opinião pública e quem vai decidir no final é o eleitor. Agora cabe a nós - como partido – levar esta mensagem e fazer com que ela seja compreendida pela população, porque não adianta fazermos algo bonito no papel e não termos a capacidade de comunicação com a sociedade, mas tenho a absoluta certeza de que este time que está aqui sabe fazer, faz bem e faz melhor”.

Se alguém ainda tinha dúvidas sobre as intenções políticas do deputado estadual, Elton Welter (PT), para 2012, pode ouvir do próprio depudato. “Sou cabo eleitoral, não sou candidato a prefeito”.

E como cabo eleitoral Welter esteve focado na articulação nacional e estadual para que os partidos (PMDB e PDT) que dão sustentação ao Governo Dilma Rousseff formem uma aliança em Toledo. “Trabalho nisso intensamente e está dando certo. Muitos partidos estão se reunindo e conversando frequentemente e estão preparando o Programa de Governo, o qual será discutido com a população no período pré-eleitoral. Estou muito feliz por conseguimos unificar as lideranças. Acredito que a minha postura pública tem sido elemento unificador destas forças. As ideias - que penso - podem ser encabeçadas por qualquer liderança que está neste grupo político, porém o importante que elas sejam implementadas na prática. Não tenho dúvida que a democratização do poder vai acontecer com este grupo que conseguiu se unificar”.

Welter referendou que a prioridade deste grupo, enquanto governo municipal é a participação popular e o foco do gasto público responsável e na saúde pública. “É preciso inverter as prioridades. O orçamento do Município é um dos melhores do Paraná, porém sempre falta recurso para saúde. O foco do gasto público tem que ser a inversão de prioridades. Se faltar recursos para melhorar uma rua, que se segure a rua, mas não pode faltar em um posto da cidade”.

O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Valtair Caetano Apolinário falou do crescimento do partido. “O PT elegeu cinco deputados federais, sete deputados estaduais, entre eles Elton Welter de Toledo. Diante disso, neste ano o objetivo era iniciar a discussão da sucessão Municipal. Por isso, neste sentido desenvolvemos muitos trabalhos. Filiamos diversas pessoas como a Kuniko, Bernardino e uma infinidade de lideranças que são importantes e, neste contexto, resultou numa chapa forte de vereadores. Acredito que vamos eleger um número grande de vereadores. Estamos trabalhando com a perspectiva de eleger cinco”.

Ele lembrou que o PT participou ativamente das ações junto ao PMDB, PDT, PSDC, PSC para promover a organização da frente de oposição. “Somos um grupo determinado que está construindo um projeto que significa um avanço do atual. Nós queremos ser governo de uma proposta que signifique um avanço real, onde se substitua o concreto, o tijolo, a estátua, os leões por um projeto que se preocupe com a mulher, o jovem, o idoso, a saúde e assim por diante. Isso nós faremos conversando com as pessoas. Em 2011, o PT fez isso em forma coletiva e individual. Estamos contentes pelo trabalho realizado e não temos dúvidas que vamos entrar mais fortes em 2012. Junto com os partidos aliados não tenho dúvida que podemos sair vitoriosos nas eleições de 2012 e executar estas ações a partir de 2013”.

A dúvida na articulação oposicionista, durante todo o ano, era a participação dos pedetistas, que há poucos dias bateram o martelo, sob a direção de Ascânio Butzge bateram o martelo: em 2012 o PDT deixa a base da administração do PP, liderada pelo prefeito José Carlos Schiavinato. “Assumi a direção do partido há 60 dias juntamente com mais 12 lideranças. Começamos reorganizar o partido para buscar um rumo na caminhada para as eleições de 2012 e, principalmente que o PDT voltasse a defender as linhas ideológicas. Eleito a executiva criamos um Conselho Gestor com 19 pessoas mais o Conselho de Ética. Recentemente fizemos a reunião com a executiva e o conselho gestor para que pudéssemos tirar a posição do PDT. Haja visto que o nosso partido estava com duas tendências de situação e oposição. Nesta reunião tivemos uma votação de 92% querendo a oposição. Já havia conversa bem avançada com este conselho de oposições. Embora não tivesse o partido decidido ainda de forma legitima através da votação para que todos pudessem expressar a sua vontade. A partir de agora, o PDT é um partido de oposição a administração municipal de Toledo”.

Na próxima semana, segundo Ascânio, o partido vai comunicar formalmente os vereadores. “Precisamos compreender que até agora fizeram uma campanha com a situação e agora nos tornamos oposição. Há algumas amizades e trabalhos realizados em conjunto. Enquanto presidente quero entender os vereadores, porém preciso dar um rumo ao PDT. Para isso, conversaremos e encontraremos uma alternativa melhor para Toledo. O PDT sempre foi um partido de tradição em Toledo, em disputar eleições e caminhar em conjunto com os partidos que estão na oposição do PP. O PDT esteve lá por uma imposição vinda de cima para baixo, mas a forma de administrar da maneira como é conduzida a política por parte da administração não vem ao encontro com as ideias do PDT. E é natural que aconteça divergências e, por isso, o PDT afastou-se da administração”.

Ele destacou que uma das divergências está na forma de aplicar os recursos públicos. “Qual é o anseio da população? O PDT tem uma visão social, o PP uma visão material. E é o que nos separa, e por isso, estamos no engajando na nova proposta. Para apresentar uma proposta para a sociedade que contemple mais o social. Nós queremos que o ser humano seja o pivô dos investimentos. Isso que nos faz diferente da atual administração”.

O PSC integra o Conselho desde o início de sua formação e o seu presidente, Edinaldo Aparecido dos Santos, enfatizou que os partidos estão trabalhando com a mesma filosofia no plano de governo. “Queremos construir uma proposta para a família. Isso tem aproximado os partidos políticos do grupo de oposição. Esta aliança deve ser consolidada no início de janeiro de 2012. Devemos iniciar o próximo ano com propostas e ideias concretas”.

Edinaldo avaliou que 2011 foi um ano positivo para o PSC. “Quando assumi a direção do partido não havia nenhuma diretoria e isto foi organizado e com isso realizamos diversas  filiações. Hoje contamos com 500 filiados. E ainda temos organizado uma chapa composta por 27 pré-candidatos a vereadores. É um número razoável para um partido que participou da outra eleição com uma pessoa. A caminhada iniciou-se com um bom ritmo. Em 2011 participamos de diversos eventos. A caminhada está boa. Todos os presidentes e os pré-candidatos estão falando a mesma língua e o mais importante é a unidade dos partidos”.

 

 

Por Selma Becker e Graciela Souza

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