No geral, os vereadores parabenizaram a Sociedade Rural pelo trabalho desenvolvido, destacando a importância da Feira para o Município. Dois questionamentos foram mais contundentes, dos vereadores Ademar Dorfschmidt e Paulo dos Santos.
Dorfschmidt parabenizou os organizadores da Expo Toledo, mas considerou o valor cobrado no estacionamento elevado. “Ao meu ver R$ 10 é um valor muito alto para uma festa que tem este sucesso e é reconhecida nível nacional. Questionei na tribuna que a questão do estacionamento poderia ser revista. A Guarda Municipal poderia fazer este trabalho por se tratar da segurança de um espaço público. Talvez conversar com as entidades sociais que poderiam fazer um trabalho com a Sociedade Rural e este recurso ao invés de ser repassado para uma empresa de São Paulo poderia ser revertido para uma entidade de Toledo”.
O presidente da Sociedade Rural de Toledo, João Bombardelli, afirmou que foi ele quem decidiu o valor a ser cobrado no estacionamento. Ele acrescentou que a questão é complexa, pois o evento reúne aproximadamente 12 mil veículos. “Neste ano não tivemos problemas no estacionamento, porém no ano passado, tivemos que cobrir alguns danos que aconteceram e ninguém ficou sabendo, porque a resposta veio na hora exata. Não é cobrado somente para ganhar dinheiro, e sim, para dar mais segurança a organização”. Ele acrescentou que se a organização não puder cobrar o estacionamento, a Sociedade Rural precisará solicitar mais dinheiro a Prefeitura. “Tivemos que cobrir muitas despesas das perdas do ano passado. O proprietário do estacionamento que é terceirizado, ele perdeu R$ 16 mil no ano passado. A estrutura de postes é dele. A estrutura de lâmpada e reator queimou devido o mal tempo do ano passado. São prejuízos grandes que não devemos debater. Quando se perde você ainda deve assegurar o próximo evento”.
O presidente da Sociedade Rural questionou com relação aos três veículos que foram roubados e estavam fora do estacionamento da exposição. "Será que estes condutores não gostariam de ter pago até R$ 20 para estacionar e ter toda a segurança".
Fiscalização
As observações apresentadas pelo vereador, Paulo dos Santos, foram no sentido de questionar a relação da Sociedade Rural com o uso do espaço público e de que o tratamento dado a esta entidade deveria ser estendido a outras organizações da sociedade civil. Ele disse ainda que se resguardava o direito de divergir dos demais vereadores e isto não significava que estava fazendo oposição a Sociedade Rural ou a qualquer membro de sua direção. "Na presidência de qual for o sindicato ou a entidade se tiver dinheiro público vou fiscalizar. Não faço oposição a Sociedade Rural, porque se fizesse, poderia questionar a prestação de contas de vocês. Poderia dizer que vocês pegaram R$ 90 mil e dividiram em sete itens. Disseram que gastaram material gráfico R$ 9,2 mil; disseram que gastaram com mídia R$ 22 mil. Quem me garante que vocês gastaram estes valores? Não estou aqui para fazer oposição burra. Eu poderia entrar no Ministério Público e questionar a presença dos senhores dentro do Parque de Exposição, porque vocês são entidade privada e não pública. Não estou aqui para me dar bem com este ou aquele segmento. Estou aqui para cumprir o meu papel e vou cumpri-lo doa quem doer e goste quem gostar. Estou aqui para fiscalizar o dinheiro público em geral e vou fazer isso com muito rigor e disciplina. Aquilo que a minha consciência determinar que eu fiscalize e que justifique os R$ 6 mil que recebo de salário".
Bombardelli disse que o vereador Paulo dos Santos estava no seu papel de questioná-lo. “Somos uma entidade privada a serviço de todos e sem fim lucrativo. Paulo, você vai ter muito mais trabalho em fiscalizar toda a Prefeitura quando ela terá que fazer a exposição sozinha. Terá que chamar o Prefeito na Promotoria por muitas vezes e não nós”.
Acompanhe alguns momentos deste debate em vídeo.