Casa de not%c3%adcias 1144x150

GERAL

Paraná participa de simpósio internacional de hanseníase e direitos humanos

A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, Nivera Stremel, participa do I simpósio Internacional de Hanseníase e Direitos Humanos, que será realizado nesta quarta-feira (1º), no Rio de Janeiro. O evento marca o dia mundial de combate à doença, que é lembrado no último domingo de janeiro. De acordo com dados preliminares, em 2011 foram registrados 970 novos casos da doença. No ano de 2010 foram 1.071.

30/01/2012 - 13:30


A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. A transmissão se dá quando uma pessoa doente e sem tratamento elimina o bacilo para o meio exterior infectando outras pessoas, geralmente pelas vias aéreas superiores. Quando o doente inicia o tratamento deixa de transmitir a doença.
Os sinais e sintomas mais comuns são lesões de pele e lesões de nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés. As manchas na pele sempre apresentam alteração de sensibilidade, que pode estar diminuída ou ausente. Em fase inicial, pode haver um aumento da sensibilidade provocando uma sensação de formigamento.As manchas podem ser esbranquiçadas, acastanhadas ou avermelhadas. Além de manchas, pode-se observar pápulas, infiltrações e nódulos eritematosos dolorosos. Outros sinais são diminuição ou queda de pelos, diminuição ou ausência de sensibilidade.
Nos nervos periféricos, os sintomas são dor e/ou espessamento, diminuição ou perda da sensibilidade nas áreas inervadas por esses nervos e diminuição e/ou perda da força nos músculos inervados por esses nervos.
O diagnóstico é essencialmente clínico, por meio do exame dermatoneurológico, tendo como exame auxiliar a baciloscopia. A partir do diagnóstico de um caso de hanseníase deve ser feita a investigação epidemiológica por meio da vigilância dos contatos intradomiciliares do doente, pois essas pessoas correm um risco maior de serem infectadas do que a população em geral.
“O tratamento da hanseníase é fundamental na estratégia de controle da doença, porque além de interromper a transmissão, cura e reabilita fisicamente e socialmente o doente”, reforça Nivera.
O tratamento é ambulatorial e o paciente deve comparecer mensalmente à unidade de saúde para receber a dose supervisionada da medicação (poliquimioterapia – PQT). Ao comparecer, o paciente, além de receber a medicação, deve ser submetido à revisão sistemática pela equipe de saúde responsável pelo monitoramento clínico, a fim de identificar estados reacionais, efeitos colaterais ou adversos aos medicamentos e surgimento de dano neural. A PQT é uma combinação dos medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina.
O tratamento pode ser realizado em 6 meses se for diagnosticado precocemente (Paucibacilar) e em 12 meses se a doença já estiver em fase avançada (Multibacilar), mas tem cura em todas as fases. “Além do tratamento medicamentoso, o paciente é acompanhado na Unidade de Saúde para verificar a evolução do quadro”, explica a coordenadora do programa. Quando indicado, são desenvolvidas atividades de prevenção de incapacidades físicas, por meio de orientações repassadas individualmente ou nos Grupos de Autocuidado em Hanseníase.

GRUPOS
O Paraná conta com 13 grupos de autocuidado, que têm como objetivo integrar pessoas que já tiveram a doença ou ainda estão em tratamento. No grupo, os participantes recebem orientação sobre a doença, prevenção de incapacidades físicas e sobre direitos e deveres do paciente com hanseníase como usuário do SUS. Os municípios que dispõem de Grupo de Autocuidado em Hanseníase são: Piraquara (2 grupos), Ponta Grossa, Palmeira, São Mateus do Sul, Londrina, Maringá, Paranavaí, Campo Mourão, Medianeira, Matelândia, Clevelândia e Itapejara D’Oeste.

LUTA
No Paraná foi instituído o dia 26 de maio como o “Dia Estadual de Conscientização sobre a Hanseníase”, em homenagem ao médico Germano Trapple, que dedicou grande parte de sua carreira ao combate à doença.

Da AE Notícias

Sem nome %281144 x 250 px%29